terça-feira, 12 de agosto de 2014

O sofrer de uma ave Fora de seu ambiente



O sofrer de uma ave
Fora de seu ambiente

Uma ave aprisionada
Quando canta é de tristeza
Sem a sua liberdade
Distante da natureza
É presa sem dever nada
Só por pura malvadeza

Longe de seu ambiente
Em gaiolas apertadas
de maneira ilegal
Das matas são retiradas
Le4vadas para vender
Muitas sendo vitimadas

Devastam seu habitat
Com esta devastação
Causando desequilíbrio
Em sua reprodução
E assim também afeta
A sua alimentação

As redes que capturam
Pegam também filhotinhos
As queimadas causam danos
Também queimam os seus ninhos
Destroem o ambiente
E matam estes  bichinhos

As gramíneas ressecadas
Sem brotar os seus pendões
Que servem de alimento
Nas matas ou nos  sertões
Fica faltando sementes
Das aves as refeições

Todo ambiente sofre
Com esta alteração
Causada pelas queimadas
Também a devastação
A captura das fêmeas
Piora a situação
E os machos ainda jovem
Sem o ciclo completar
Muitos morrem na viagem
Tristes sem se alimentar
Morrem de fome e sede
Até por falta de ar

Muitas vezes transportadas
De maneira tão cruel
Em uma caixa apertada
Muitas aves a granel
Feridas e machucadas
Sem poder ver nem o céu

Fêmeas, jovens e filhotes
Com seu destino incerto
Vítimas do egoísmo
De quem age incorreto
Agressores da natura
Fazem o que não é certo

Já tem aves ameaçadas
De entrarem em extinção
Outras já quase extintas
Ararinha e o gavião
Hoje são muitas espécies
Que estão na relação

O tucano e a arara
Papagaio e curió
O canário da terra
Guriatã e socó
Bicudo e bigode
Pintassilgo e mocó

Xexéu de bananeira
Ferreiro e o pintor
Vem vem e o tsíu
O roxinol cantador
Saíra mané mago
Cravina e beija- flor


O sabiá laranjeira
Bacurau e o lambú
Ribaçã e a rolinha
Coleira e sanhaçu
E o galo de campina
Pichochó que vem sul

Anum e galo da rocha
Maçarico e tesourão
Concriz e o cardeal
Que são aves do sertão
Salta caminho e lavadeira
Bico de laicra e azulão

O canário rasteiro
E sabiá do banhado
O nosso papa- capim
Papo amarelo falado
O tico tico do mato
O pica pau azulado

Tem o galinho da serra
O bonito pimentão
Tem também sangue de boi
De bela coloração
Pico de pimenta, azulinho
Cigarra e patetão

O papagaio campeiro
Socó e o maranhão
Também chamado flamingo
Andorinha e cancão
Harpia e o João de barro
Que é bom de construção

Rolinha fogo pagô
Sibito e bacurau
Garra cheira, mãe- da – lua
Papa arroz fenomenal
Burguesa, frei Damião
Juriti e ave real


São mais de mil e quinhentas
Espécies na relação
De aves bem conhecidas
No Brasil com exatidão
Porém algumas espécies
Já estão em extinção

São oito mil e seiscentas
Espécies em todo o mundo
De aves bem variadas
Mostra estudo profundo
Para lhe classificar
Estuda-las mais a fundo

Porém a devastação
Vem a fauna afetando
Mudando o habitat
Também desequilibrando
O seu ciclo natural
E um grande mal causando

A grupos que se dedicam
A aves observar
Conhecer seu habitat
Pra ajudar a preservar
Conhecer sua beleza
E escutar seu cantar

Outros criam estas aves
De uma forma legal
Com muita alimentação
E espaço ideal
Fazendo a reprodução
E repondo afinal

Criação em cativeiro
De forma monitorada
Pelos especialistas
Numa área adequada
Pode ajudar assim
A salvar a passarada

Vai reproduzir espécies
Pra soltar na natureza
Salvando da extinção
Isso é uma beleza
Devolvendo para as matas
Esta enorme riqueza

Veja o caso da ararinha
Que trouxeram um casal
De criatório de fora
Pois não temos afinal
Mais solta no habitat
Onde antes era normal

Para assim reproduzirem
Este ser em cativeiro
Uma espécie tão bonita
De um azul verdadeiro
A ararinha azul
É tesouro Brasileiro

Mas foram buscar lá fora 
Como o jornal mostrou
Um exemplar desta ave
Um criador emprestou
Pra fazer a reprodução
Pois aqui ninguém achou

Na verdade o ideal
É solta na natureza
Desfrutando a liberdade
Mostrando sua beleza
Entoando o seu canto
Com a mais bela nobreza

Pois é muito diferente
Esta tal realidade
Vemos matas destruídas
Em toda localidade
E aves capturadas
Com grande intensidade


Prendendo os inocentes
Que na vida nada fez
Espera o raiar do dia 
Pra cantar por sua vez
Pois o seu meio ambiente
O homem assim desfez

Já falei deste problema
Que é a devastação
O sofrer de uma ave
Colocada na prisão
Seu comércio clandestino
Sua grande aflição

De seu belo cantar
E sua variedade
Plumagem canto e forma
Muito bela de verdade
Que encantam a natureza
Traz muita felicidade

Antes de prender uma ave
Faça uma reflexão
Pense no que ela fez
E em sua triste ação
E fique no lugar dela
Pra sentir a emoção.


Autor: Esperantivo
Orobó- PE 15-06-2012


Versos de homenagem






Anelídeos seres diferentes Classe annelída e reino animal.





Anelídeos seres diferentes
Classe annelída e reino animal.

Biologia é a ciência
Bio é vida conhecida
Logia é o estudo
Vem do grego resolvida
Em todo o planeta terra
De toda forma contida

Desde os grandes animais
Que na terra habitar
Até microorganismos
Que ninguém lhe enxergar
Precisa de microscópio
para os observar

Vou falar neste cordel
É do filo Annelida
Corpo comprido cilíndrico
Com extensão dividida
Em segmentos o corpo
Dessa espécie conhecida

Anelídeos são triblásticos
E protostômicos também
Simetria bilateral
Digestório completo tem
Sistema circulatório
Fechado todos contém

Por uma cutícula fina
O seu corpo é revestido
O seu sistema nervoso
Com dois glânglios é provido
São eles os cereblóides
Cordão ao ventral seguido

Tem respiração cultânea
Disposta em pigmentos
Hemoglobina e hemeritrina
Atuam em todos momentos
E o clorocruorina
Nos anelídeos em sustentos

Os três pigmentos estão
Nos poliquetos presente
Compõem o plasma sanguíneo
Dentro dos vasos corrente
Só a minhoca possui
Hemoglobina somente

A minhoca em sua vida
Beneficia o chão
Deixa a terra mais fofa
Com suas fezes então
Fortalecendo o húmus
Necessário a plantação

Minhocas são anelídeos
Com vida embaixo da terra
Em pouca profundidade
Fazem túneis que encerra
Aeração das raízes
Que no solo se enterra

A minhoca tem dois vasos
Um ventral outro dorsal
Com cinco pares de vasos
Ligados na transversal
se contraem bombeiam o sangue
Dois corações é igual

Esses vasos são mais finos
Agem bem em contração
O sangue vai e vem pro outro
Da forma de coração
É circulação fechada
Nas minhocas é padrão

Do sangue e do celoma
Substâncias são filtradas
Pelos nefrídios os filtros
Depois serão descartadas
É assim a excreção
Por elas efetuadas

A epiderme reveste
A região anterior
Concentra as células mecano
E químio tudo a rigor
E fotorreceptoras
Para o corpo compor

A maioria anelídea
Hermafrodita elas são
Tem no corpo os dois sexos
Para a reprodução
Se junta a outra na cópula
Para haver fecundação

Ficam em sentido contrário
Unem as partes anterior
Por projeções quitinosas
Com as cerdas a compor
Penetração entre ambos
No clítelo em branca cor

Produzindo no parceiro
Um sulco para deixar
Os seus espermatozóides
E os óvulos fecundar
Formando após um casulo
Para na terra ficar

No grupo dos anelídeos
Três classes são conhecidas
Poliquetas e oligoquetas
E hirudíneas conferidas
O poliqueta é carnívoro
Com parapódios contidas

Cada segmento deles
Dois parapódios contém
Cerdas e vasos capilares
Pra troca gasosa tem
A cabeça com tentáculos
Rudimentares olhos também

Na boca tem as mandíbulas
Para prender alimento
Tem o sexo separado
E tem o seu crescimento
de uma larva a trocófora
Do nosso conhecimento

Pode se reproduzir
Por esquizogênese também
Sem fazer uso do sexo
A preservação mantém
A natureza atua
Como a ela convém

As minhocas terrestres
Tem sua alimentação
De materiais orgânicos
Já em decomposição
Que umedece na boca
Engole e pro papo vão


Do papo para a moela
Onde vai ser triturada
Pela areia que tem
Lá dentro acumulada
Ajudada por enzimas
Da digestão programada

Depois para o intestino
Pra serem absorvidos
Pelas pregas tiflossoles
E depois distribuídos
Os nutrientes pro corpo
Os restos são excluídos

Oligoquetas tem poucas
Cerdas em cada segmento
Sem cabeça e parapódio
É Brasileira em atento
Mas existem muitas outras
No geral conhecimento


O anelídeo Hirudínea
De sanguessuga é chamada
Sem cerdas e parapódio
Sem cabeça é notada
O corpo tem segmentos
Como rugas comparada



Sanguessuga é um filo
Hematófoga parece bem
Mas vive só dentro d`água
Cabeça e cerdas não tem
Nem parapódio nem ossos
Ventosa e dentes contém

A ventosa dianteira
É bem menor e tem dentes
Quem entra na água dela
Ela imediatamente
se agarra logo na pele
Suga o sangue de repente

Para se movimentar
Se ergue sobre as ventosas
Curvada medindo palmo
Tem saliva curiosa
Quando penetra No sangue
Há saída copiosa



Por isso já foi usada
Em prática medicinal
Para má circulação
Punham elas no local
A saliva da sanguessuga
Alivia esse mal

Os anti coagulantes
Que elas tem na saliva
Vai pros vasos sanguíneos
Era até positiva
Melhorava a circulação
No local deixava ativa

Mas hoje a medicina
Tem melhor conhecimento
Usam essa experiência
Pra testar medicamento
Pra parar hemorragias
Que acontece no momento

Eu falei dos anelídeos
Mas agora vou arar
Este tema importante
No cordel quis explanar
Mas o espaço é pouco
Boto noutro exemplar.

Autor: Esperantivo
Orobó 15-04-2012


A biodiversidade e sua importância





                     A biodiversidade e sua importância



Nossa biodiversidade
É uma coisa importante
As espécies conhecidas
As locais e as distantes
De acordo as regiões
E o clima mais constante

Também é muito diversa
A nossa geografia
Os mangues o litoral
Marés e rios com bacia
Riacho lagoa e lagos
Outeiro e serrania

Serras de rocha e arenito
E terrenos argilosos
Tem baixios e ladeiras
E planalto bem famosos
Água doce e salgada
Solos  muito arenosos

Plantas arbustos e ervas
Árvores grandes e frondosas
Umas vivem lá nas serras
Nas regiões montanhosas
Outras nas margens dos rios
Outras tem seiva viscosa

Árvores grandes conhecemos
Pau dàrco e pirauá
Pau perreira pau marfim
Oití, Canoé, Cajá
Gameleira e o Cedro
Sucupira e Jatobá

Trapiá e o Vvsgueiro
Penom e massaranduba
Mógno Jaracatiá
Tatajuba e munguba
Pata de vaca e anjico
Barriguda e urucuba

Árvores médias comundongo
Cabatã e cabaçu
Embaúba angelim
Rizoflora e o mulungu
Guabiraba cajueiro
Estalador cumaru


Existem milhares delas
E arbustos conhecidos
Fumo bravo e chumbinho
Araçá é preferido
Um fruto delicioso
Com goiaba parecido

Tramonhém e camará
Calumbí  tem remela
Aleluia e tinguí
É tóxica a folha dela
Erva de rato também
Muito venenosa é ela

Plantas do rio Madre cravo
Pimenta d`água alcrim
Nas margens quiabo bravo
E tem o alho capim
Vira tripa e andacá
Mal-me-quer bonito sim

O goife e paquevira
Encontrado na lagoa
A pasta couve e a escura
Cobre a água não é boa
Mata o peixe sem ar
Parece que morre a toa

As ervas tem beldroegas
Pega pinto e hortelã
Coentro cebola e alho
Mentraste é barriga sã
A maravilha florida
É linda pela manhã

Pirirí e paquevira
A baronesa também
E o lodo de fiapos
Na água corrente tem
Andaca pimenta dágua
Muitas ramagens além

Tem os nossos vegetais
Para alimentação
Cará verduras mandioca
Soja, milho e feijão
Coco,  assaí e dendê
Batatas tem de montão


Frutas tem laranja e manga
Jaca e abacaxi
Melância e abiu
Melão caju e pequi
Banana e carambola
Abacate e sapotí

Os peixes tem piaba
Cascudo a amoré
Guarú traíra e acari
Cará e tacunaré
Jacundá e tem mussun
Lambe pedra saberé

Crustáceo tem aratanha
O pitu e camarão
Ostra e unha de velho
Taíoba e mexilhão
Marisco e sururu
Aruá no riachão

No mangue o caranguejo
Chama maré aratu
O tesoura na areia
se é tempo de caju
Guaiamum engorda logo
Nisso acredite tu

Também tem os passarinhos
Galo d`água siricora
Três coco é conhecida
Bem te vi nos galhos mora
O maçarico migrante
Vem e depois vai embora

Anum e pitiguarí
Garça socó gavião
Pinto d`água e comboge
Sabiá e o chorão
Marreca e paturí
Xexéu pombo e azulão

Tem também o rato d`água
E cobra surucucu
Jararaca e papa ovo
Salta caminhoe timbu
Saguim e camaleão
Calango verde e teju


Raposa e guaxinim
Na mata tem o tatu
E a cobra de viado
Coruja e sanhaçu
João corta pau de noite
As seis horas o lambú

Maracajá, papa mel
Azulinho e o guará
Macaco prego guariba
O roxinol a cantar
O xexéu de bananeira
Ouriço e jurupará

Nos brejos ainda tem
Caçote sapo e jia
Sanguessuga e aranha
Rã preta da pele fria
Traíra  barata d´água
A cobra que assovia

Formigas tem a taioca
Sararaca é parecida
Trinca e a Iaiá de ouro
A de rabo é comprida
Tem a bonita saúva
A tanajura é comida

Tem formiga fedida
Chamada de correção
Formiga doida não morde
Nem causa irritação
Tem a senhora de engenho
Muito comum no sertão 

Causa coceira e queimação
A miúda queimadeira
E a formiga de fogo
Causa ferida e coceira
Formigão formiga onça
Do agreste em ladeira

Mucuim é carrapato
Filhotes do mucurana


Maruim é borrachudo
Tem muriçoca tirana
Transmite doença que mata
Também malária humana


Tem marimbondo tatu
E cavalo do cão
Tem também mosca do chifre
E o mangangá pretão
Exú e barba de negro
E marimbondo no chão

Marimbondo de cartucho
E marimbondo loceiro
O marimbondo de chapéu
O de espingarda e mateiro
Tampa o cano e reproduz
Este fato é verdadeiro

Abelhas tem urucu
De mel é africana
Tem abelha arapuá
Jandaíra  e italiana
A jati e a mosquito
Moça branca que engana

As borboletas também 
Tem grande variedade
Amarelas e a coruja
A azul é raridade
São milhares de espécies
Na biodiversidade.

Autores:  Luiz Esperantivo
                 Severino Melo

Orobó- 23-06- 2013