segunda-feira, 28 de outubro de 2013

Vegetação da mata atlântica E sua biodiversidade

Vegetação da mata atlântica
E sua biodiversidade


Gurjaú é localizado
No Cabo de Santo Agostinho
Sede de captação
De águas, junto ao vizinho
Município Jaboatão
Fica perto o caminho

Mil novecentos e dezoito
A barragem foi construída
Com mil e cem litros/segundos
Para ser distribuída
Para o Cabo e Recife
Água boa garantida

Tem mil e setenta e sete
Hectares a região
Um terço coberto dágua
Dois terços ainda são
Coberto de mata atlântica
Com fraca preservação

É nessa vegetação
Que vamos bem anotar
Espécies localizadas
Nativas deste lugar
Ervas, arbustos e árvores
Nome cientifico e vulgar

Ervas tem a beldroega
Bredo de porco com espinho
Bredo fêmea e pega pinto
Quebra pedra rasteirinho
Agrião e o mentrasto
E a língua do sapinho

Camapú e erva moura
Mama de cabra em porção
Urtiga roxo e do peludo
O amendoim do campo
Meladinha amarga tudo
Malva e ipecaconha
Que já serviu de estudo

Tem vassoura de botão
E a vassoura miúda
Vassourinha e o zonzo
Avanço é folha peluda
Chanana e mata pasto
Hortelã folha graúda

Belota de frade é
Redonda cheia de espinho
Alfazema de caboclo
Tem na beira do caminho
Tem a flor de lagartixa
De colorido branquinho

Mastruço e alfavaca
A preta e a de cobra
Fura capa mal- me –quer
O mus sambe tem de sobra
O espinho de cigano
De folhas grandes, taioba

Fedegoso esquentaria
Durinho e piriquiti
Junça e manjirioba
Eva de laranjeiro vi
Alho do mato e cebola
Xenxém, também tem aqui

De ramas tem a caxanja
O melão de sabiá
O pelucho saboroso
E o outro maracujá
Rama de macaco é densa
Que fecha a área que está

Ramas de tamarianas
Causa forte urtigação
Melância de morcego
Salsa de rama no chão
Gitirana de folhagem
Cobrem a vegetação





Cipós tem o caninana
O mata fome e cipó pau
Olho de boi, cipó branco
Que faziam garajau
E a gitirana preta
Que faz cesto não é mau

Cipó de couro que tem
A ramagem bem peluda
Cipó vermelho tem haste
Fina e folha miúda
Titara é espinhosa
Se faz bolsa e muito ajuda

Arbustos tem o veludo
E a urtiga mamão
Fumo brabo e taiuiá
Erva de rato,  atenção
Aleluia, malvaísco
Chumbinho tem de porção

Tramonhém e jurubeba
Remela de velho tem
Flor de natal e taquara
Canela de urubu vem
Liga osso  e pinhão
Rabo de raposa além

Capim tem o braquiária
Capim puba e navalheiro
Capim assú e de roça
Gengibre, capim de cheiro
Sapé e capim de planta
Capim lucas traiçoeiro

Capim alho e vira tripas
E o capim elefante
Papuã capim estrela
Pé de galinha possante
Sapé e capim de sapo
Tiririca é cortante



Taquari capim da mata
Outra plantas o Imbé
Tem o rabo de tatu
Do chão e do  catolá
Coco de fuso palmeiras
O dendê de aceite e fé

Bromélias e ananás
Do abacaxi é irmão
As bananas de raposa
Da família ainda são
O cheiro é parecido
Quando maduras estão

O nosso facão de galo
De alcatéia é chamado
Nas lagoas tem o goife
E o tambor situado
Baronesa com as flores
O junco de esteira ao lado

Tem mal- me- quer de riacho
Borboleta é elegante
Piriquití e aninga
A samambaia gigante
Na lagoa paquevira
E cortiça de vazante

Árvores de pequeno porte
Trapiá e espinheiro
Feijão de boi e jurema
Azeitona e salgueiro
Estralador e o laque
Cabatam e juazeiro

Árvore média o pau pombo
Oiti coró gargaúba
Mangaba e avoador
Cocão e japarauduba
Genipapinho e café
Ingá e a urucuba





Cupiuva e pau ferro
Sambaquim pra construção
De gaiolas para aves
Também para alçapão
Cortam em finos sarrafos
Pra fazer a furação

Tem o ipê amarelo
De bonita floração
Que atrai muitos insetos
Para a polinização
Embaúba a preguiça
Usa pra alimentação

Pau Brasil e o visgueiro
Conduru pode encontrar
Urucuba e Candiúba
Sucupira vai achar
Oiti e Camaçari
Murici se procurar

Tem pau breu e Sapucaia
Tamaquaré e Cinzeiro
Jatobá Pau fedorento
Pau de remo Candeeiro
Guabiroba e Oiti coró
Pau amarelo e Sombreiro

Embiriba e Pau sangue
De tronco avermelhado
São plantas de grande porte
Vegetal ameaçado
Na mata de Gurjaú
Com certeza é encontrado

Tem o Angico da mata
Pela classificação
Parapipdadênia rígida
Gênero e espécie são
Goiaba e genipapo
Fedegoso e esporão.

Autores: Esperantivo
                Severino mello

segunda-feira, 21 de outubro de 2013

As doenças transmissíveis Se tem como evitar

As doenças transmissíveis
Se tem como evitar


Sexo é algo gostoso
Quando é feito com amor
Pois além de dar prazer
Nos acende o vigor
Relaxa o nosso corpo
Do stress e da dor

Nosso corpo é quem pede
É coisa da natureza
Quando aumenta o hormônio
Dar desejo com certeza
Feito da forma correta
Deixa a turma satisfeita

É importante lembrar
De se ter a prevenção
Sem conhecer o parceiro
Camisinha já na mão
Tome muito do cuidado
Com a contaminação

Não estou querendo aqui
Buscar ser um moralista
Apenas quero alertar
Do perigo bem a vista
Fazer sexo sem cuidado
É perigo nesta lista

Pois o ideal seria
Cada um com o seu par
Uma esposa amiga
Sexo só quando casar
Ou com a pessoa certa
De maneira regular

Mais hoje é impossível
Falar em fidelidade
Os jovens estão ativos
Em toda localidade
Porém o risco é grande
Isto é uma verdade




Doenças sexuais
Transmitidas de montão
São as tais DSTs
Todas pela relação
Sexual dos envolvidos
Que transam sem precaução

Gonorreia e hepatite
Sífilis e cancro duro
São doenças transmissíveis
É preciso estar seguro
Todas estas já tem cura
A AIDS só no futuro

Mula e crista de galo
Não é fácil de curar
E a tal blenorragia
Dá trabalho pra matar
Por isto é que te digo
Vamos nos orientar

A AIDS vem maltratando
A nossa população
Mata milhões de pessoas
Em toda a região
É problema mundial
Ainda sem solução

Esta doença porém
Pega qualquer cidadão
Por picada de agulha
Sem higienização
Principalmente no sexo
Preste muita atenção

As agulhas hoje usadas
Descartáveis elas são
Desta forma evitando
Qualquer contaminação
Faça também sua parte
Seja cuidadoso então

Não transe sem camisinha
Seringa não vá trocar
Busque conhecer melhor
Procurando se informar
Pois a desinformação
Pode- lhe muito custar




A saliva contém sangue
E o esperma também
Por isto sexo oral
Seu perigo também tem
Por isto a prevenção
A todo mundo convém

Se o desejo bater
E uma aventura chegar
Pense logo no perigo
Procure melhor pensar
Só transe de camisinha
Pra depois não vim chorar

Depois de contaminado
Nada se pode fazer
Vai ter uma grande doença
Que lhe pode abater
Sabendo que não tem cura
Ficando a padecer

Pois quem vê um belo corpo
Bem bonito e moldado
Não saber se tem no sangue
Um perigo ali guardado
Assim então se previna
Pra não ser infectado

Tome muito do cuidado
Zele sua segurança
Faça o sexo seguro
Mesmo que tenha cobrança
Num momento de descuido
Pode acabar a esperança

Se pegar DST
Não fique desesperado
Vá ao posto de saúde
Para então ser tratado
O médico avalia
Dá remédio indicado

Avisando ao parceiro
Para ambos se cuidar
Fazendo precocemente
É mais fácil de curar
Precaução é o caminho
Para isto evitar





Pois quem ver fisionomia
Não ver o interior
Por trás de um corpo belo
Pode esta o terror
O sangue contaminado
Com o vírus matador

A camisinha evita
Também de engravidar
Evitando a gravidez
Que você não desejar
Com certeza estas doenças
Você não ira pegar

Escolha pessoa certa
Para sua companhia
Vá viver o puro amor
Com bastante alegria
Fazendo sexo seguro
Na mais plena harmonia

Procurando evitar
O clima de traição
Mas se for pular a cerca
Use logo proteção
Para depois não sofrer
E não ter mais solução

Pois o meu papel agora
De poeta popular
É passar informação
E também me informar
Estou lhe orientando
E vou me orientar

Sofro muito quando vejo
Nos dados  lá TV
Milhões de seres humanos
Vitimas do HIV
Fere o meu coração
Ver meu povo a padecer

Se estiver na balada
Ou qualquer outro lugar
Aparecendo um par
Não queira se entregar
Pois sem o preservativo
Química não vai rolar




Se tiver alguma dúvida
Vá o exame fazer
Procure o posto medico
Não venha esmorecer
Cuide de sua saúde
Buscando não lhe perder

É por isto que eu digo

E sem medo de errar
Se o povo não se previne
O quadro vai aumentar
É preciso desta forma
O problema evitar

Espero que meu cordel
Traga mais informação
De uma forma mais simples
Para a população
Pois se você for transar
Não esqueça a proteção

Autor: Esperantivo

Profeta gentileza

Profeta gentileza

Em 19 de Abril
Mil novecentos dezessete
Na cidade Cafelândia
Nasceu um neném promete
Que quando ficasse adulto
Para outra visão compete

Do estado de São Paulo
O nome José Datrino
Criado com nove irmãos
Quando ele era menino
Trabalhava sem parar
Era este seu destino

Viviam  todos no campo
Onde a família morava
Trabalho duro na terra
Burros bravos amansava
Vendia lenha também
Na carroça que puxava

Depois ele foi chamado
De profeta gentileza
Amansador de bravos homens
Da cidade com certeza
Para ser mais educados
A ter mais delicadeza

Seu comportamento atípico
Muito cedo foi notado
Aos doze anos de idade
A ele foi revelado
A sua missão na terra
Por premonições marcado


Teve a premonição
Após construir família
Iria deixar os bens
Filho casa e mobília
Para seguir a missão
Sem hesitar com vigília

O pai que não aceitava
As decisões anormais
Buscou logo para o filho
Auxílios  espirituais
Dos curandeiros que havia
De lá daqueles locais



Dezessete de dezembro
Do ano sessenta e um
Na cidade Niterói
Houve um fato incomum
O incêndio de um circo
Visto em lugar nenhum


O Gran Circo N. Americano
No fogo se derreteu
Mais de quinhentas pessoas
Naquele incêndio morreu
A maioria crianças
Grande tragédia se deu

Seis dias após o fato
José Datrino acordou
Ouvindo vozes dizendo
Que o seu tempo chegou
De deixar os bens da terra
Foi isto o que contou

Seguir o espiritual
Era essa a missão
Saiu de casa e foi
Direto no caminhão
Para o local do circo
Sem mudar a decisão

Nas cinzas plantou horta
Um jardim e lá ficou
No local que foi o circo
Quatro anos lá passou
A palavra gentileza
Pra muita gente falou

Familiares da vítimas
Ele consolou tristezas
Dos que perderam pessoas
Na tragédia com certeza
No trabalho voluntário
Contribuiu sem moleza

Passaram chamar ele
De José agradecido
Ou profeta gentileza
O nome mais conhecido
Saiu de lá foi viver
Andarilho convencido



O local ficou chamado
Paraiso Gentileza
Mil novecentos setenta
Ele andava com certeza
Pregando pela cidade
Com sua fé e pobreza

Nos trens ônibus e barcas
Vivia a viajar
Propagando amor e respeito
E bondade sem cansar
Quem o chamava de louco
Sabia bem respostar


Eu sou louco de verdade
Pra te amar e salvar
Em dezenove e oitenta
Ele passou a usar
Escritos verde e amarelo
Nas pilastras vou citar

Nas cinquentas e seis pilastras
Que do viaduto vai
Do caju ao cemitério
Na rodoviária sai
Do novo Rio o nome
Atenção do povo atrai

Criticava todo o mal
Desta civilização
Sem gentileza e bondade
O profeta em ação
Ensinava para o povo
Com palavra e inscrição

Na eco-92
O profeta em esperteza
Ficava naquelas ruas
Que passavam com certeza
Representantes do povo
Para pregar Gentileza

Em dezenove nove e seis
Maio dia vinte e nove
Faleceu em Mirandópolis
 Muita gente se comove
Com setenta e nove anos
Os fatos que o comprove



No cemitério saudade
Seu corpo foi enterrado
Os escritos dele foram
Pelos vândalos estragados
Depois o projeto Rio
Deixou todos restaurados

Vamos conhecer agora
Vendo estas novas linhas
As frases de Gentileza
Colocadas em quadrinhas
Mexem com as emoções
Tanto as suas como as minhas.

“ As frases de gentilezas
Faz o homem parecer
Que o seu exterior
No interior dever ser”
         Jean de La Bruyér.

“Gentileza nunca é cedo
Com amigo ou os pais
Porque a gente não sabe
Quando é tarde demais”
           Relph Waldo Emerson

“Culpamos sempre pessoas
De quem a gente não gosta
Porque falta gentilezas
Que elas não deixam expostas”
            Frederick Nieteche

“Procure ser tão gentil
Com a mulher com quem casaste
Como no tempo passado
Que a ela conquistaste”
            Júlio Dantas

“Verdadeira gentileza
É conforto e liberdade
É tratar como desejas
Ser tratado de verdade”
          Philip Dormer Stanhope









“Três coisas agrada o mundo que vivemos
Gentileza, frugalidade, Humildade
Os gentis corajosos, os frugais liberais,
Os humildes condutores de homens de verdade.
                    Textos teoistas

“Se o homem é gentil com desconhecido
Ele é um cidadão do mundo
Seu coração não é ilha tirada d’outra terra
Mas um continente unido e fecundo.
                        Francis Bacon

“Não me agrada a gentileza que passa”
Exige contra partida
Doação por doação ou reza
Uma coisa decidida.
            Horácio

E assim o Gentileza
Fez da paz o seu legado
Do amor a sua veste
Da bondade seu cajado
Propagando gentileza
Carinho por toda a parte

Nestes versos aprendemos
Montamos nosso cordel
Sobre o grande Gentileza
E o seu belo papel
Nos trouxe muita emoção
Esta história tão fiel.

Xxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxx

Colocar na contra capa na parte de dentro

“Somos aptos a gentileza
Com quem não nos interessa”
Para não dar má impressão
E os esquecer depressa.
                 Oscar Wilde

“Somente a gentileza
Do coração dedicado
Não conhece limite”.
Nem troco do aplicado
           Publilio Siro





“Nenhum gesto de gentileza
Por pequeno que seja
É perdido.” pois desarma
Os males que alguém deseja
                Esopo
          
“Não quero que as pessoas sejam
Gentis em demasiado
Pois me obrigam gostar delas
Me deixa preocupado.
               Jane Austen

“Palavras gentis podem ser
Curtas fáceis de falar
Mas tem ecos infinitos”
Ficando a ressoar
            Madre Tereza de Calcutá

“Um cumprimento gentil
Delicado as vezes cria
Uma grande amizade
Apaga inimizade”
Cheia de rancor e fria
                Erasmo de Roterdam

“Gentileza recebe- se com gentileza”
A boa vontade cria
É deixar que a bondade
Seja a boa companhia
            Cicero

“A gentileza: um breve prefácio
A dez volumes de exigências”.
Supera qualquer leitura
De ódio e mal querência
                    Ambrose Berce
      






Autores: Severino melo
                 Esperantivo



Cordel improvisado       

quarta-feira, 16 de outubro de 2013

O tempo revela o cansaço Nos traços de minha face

O tempo revela o cansaço
Nos traços de minha face


                       1
Sinto meu corpo mais fraco
Com menos vitalidade
O peso da minha velhice
Saudade da mocidade
Os fios brancos e as rugas
Apontam a minha idade

                  2
A cada dia que vivo
É um que estou morrendo
O corpo fragilizando
A face envelhecendo
E cada dia acordo
Feliz eu vou vivendo

               3
A doença me acomete
Reduzindo o meu tempo
Encurtando meu caminho
Dando assim  seu julgamento
Pois sou réu de meu destino
Cúmplice do sofrimento

                        4
Pois o sol quando se põe
Conta o dia já vivido
A  lua encerra a noite
Com seu brilho garantido
Esta vida passa rápido
Vejo que isto tem sentido

                    5
O destino é um caminho
Que ninguém pode mudar
A vida tem o seu ciclo
Para a gente completar
Se ninguém interromper
ele vai continuar

                 6
Seguindo cada etapa
De um processo natural
Nascer , viver e morrer
de maneira gradual
se a doença não chegar
Vai seguir tudo normal
                      7
Agradeça intensamente
Cada momento vivido
O tempo não retrocede
Tudo isto faz sentido
Então pratique o bem
Faça da paz seu partido
              8
Cada segundo que passa
É lenha a se queimar
Na fogueira do destino
o tempo não vai voltar
Deixando apenas saudades
Lembranças pra recordar

                    9
Tem muita gente egoísta
Que nunca divide nada
Orgulhosa e soberba
E também  mal humorada
Esquece que nesta terra
Só passamos  temporada
                    10
A vida é muito curta
Por isto faça o bem
Procure fazer o certo
E não ferir a ninguém
Pois no solo do amor
A bondade se mantém
               11
Quem se prende aos problemas
Aumentando seu sofrer
Deixa o tempo passar
Esquecendo de viver
No cronometro da vida
Não dá pra retroceder
               12
É muito triste viver
No mundo de sofrimento
Violência e doença
Causando grande tormento
Mas tudo tem solução
Em seu devido momento
                13
É por isto que agora
Após cinquenta chegar
Quero viver em harmonia
E a vida aproveitar
De modo certo e seguro
Dela quero desfrutar
                  14
Pois quem vive com alegria
Goza mais felicidade
A alma rejuvenesce
Trazendo vitalidade
E as células reagem
Dando mais imunidade
                15
O psíquico controla
Todo o metabolismo
Pois uma mente tranquila
Ajuda o organismo
Regulando os hormônios
Este é o mecanismo
              
16
Meio século se passa
Como as fases da lua
E com ela a história
Seja a minha seja a sua
Nosso tempo tem um fim
Mas a vida continua
             17
Nossos filhos são certeza
Desta perpetuação
Vão levar nosso legado
Talvez sim e talvez não
Mas porém tem nosso gene
De amantes do sertão
              18
Os erros que cometi
Não tem como consertar
E a minha juventude
Eu não posso mais voltar
 O tempo que me é dado
Eu quero lhe prolongar             
                 19
Os cabelos já pintados
Com tinta branca do tempo
O corpo fragilizado
Diminui o movimento
A cada dia que passa
Vai chegando meu momento
                    

        20
A velhice obedece
O seu ciclo natural
É uma fase pesada
Para qualquer animal
Pois a balança da vida
Pesa o tempo final
              21
Então prepare a alma
Não queira guardar rancor
No lugar do egoísmo
Plante a semente do amor
Pois coisas materiais
No céu perde seu valor
                  22
Ande sempre na verdade
Nunca julgue seu irmão
Exerça toda bondade
Que tem em seu coração
Pois é isto que nos pede
Nosso rei da salvação
                  23
Pois quem semeia o vento
Colherá a tempestade
Quem gosta de harmonia
Fala somente verdade
Precisamos plantar paz
Entre a humanidade
                24
Eu quero viver em paz
Com historia pra contar
Vou seguindo meu caminho
Sem ninguém prejudicar
Vou seguindo minha sina
Até meu dia chegar.

(esperantivo)


Ronaldo aboiador Tem a voz de sabiá

Ronaldo aboiador
Tem a voz de sabiá                               



Quando escuto o aboio
Nos dias de vaquejadas
Nas corridas das quebradas
Ao vaqueiro dou apoio
Conhecer trigo e jôio
Uruçu e aripuá
Capuchú e mangangá
Repentista e cantador
Ronaldo aboiador
Tem a voz do sabiá

Escuto o lambu cantando
Quando vai anoitecendo
O vaqueiro vai tangendo
Do pasto se retirando
Para a estrebaria andando
Ouve a coruja piá
O tetéu esperto esta
Prevenindo o predador
Ronaldo aboiador
Tem a voz do sabiá

Quatro horas da matina
Canta toda a passarada
Já estão bem acordada
Saltita a galha fina
Ouço o galo-de-campina
Pela trindade piá
Pai ,filho ,espirito e já
Vem logo o sol com calor
Ronaldo aboiador
Tem a voz do sabiá

Blem-blem é a voz do sino
Quando assim é batido
Longe se ouve o tinido
Na catedral toca hino
Abelha é zumbido fino
Panela é de munguzá
Miado é de angorá
Tziu!-diz o serrador
Ronaldo aboiador
Tem a voz do sabiá
O galo sobe ao poleiro
Pois já chegou a tardinha
Dorme cedo a galinha
Estiado ou com chuveiro
Não tem luz nem candeeiro
Na mata o maracajá
Vai ao ninho ao sol se pôr
Ronaldo aboiador
Tem a voz do sabiá

Coquista canta embolada
Gonzaga canta baião
O Jackson cantou rojão
Na adjunta é toada
Sidnei cantou lambada
A mãe canções de ninar
Quem canta triste é trocar
Narra canções de amor
Ronaldo aboiador
Tem a voz do sabiá

Bela voz guriatã
O pintassilgo é beleza
Águas roncam’em correnteza
Na seca canta acauã
Na lagoa canta rã
Metralha o tatatá
A flauta imita a gongá
canário o vibrador
Ronaldo aboiador
Tem a voz do sabiá

Alto canta a seriema
Bacurau amanhã vou
Vem- Vem sozinho faz show
Chia o grão na urupema
Canto gemido é da ema
Estala o maritá
Jararaca a assoviar
Fica atento o caçador
Ronaldo aboiador
Tem a voz do sabiá

Autor: Esperantivo


A seca no sertão e no mangue a devastação

 

O sol castiga o solo
Queima a vegetação
As rachaduras se vê
Em cada lugar do chão
Morre lavouras e gado
Na seca lá no sertão

De perneira e gibão
O destemido vaqueiro
Corre lá na caatinga
Na terra do umbuzeiro
Lutando pelo seu pão
Montando o alazão ligeiro

Mas quando a chuva cai
Molha o querido chão
O homem pega a enxada
Na maior disposição
Planta feijão milho e fava

Reza a frei Damião.
E na cidade que é
Cercada do manguezal
Homens se jogam na lama
Com maruim infernal
Pega siris caranguejos
Junta no saco ou bornal

O vaqueiro da fazenda
Enfrenta espinheirão
O boi brabo perigoso
A vaca na parição
A cascavel enroscada
A seca, a insolação

Quando o inverno é bom
O homem tem alegria
Com safra na plantação
Cuida dos bichos que cria
Não devasta a natureza
Mas sofre a hipocrisia.

Que o ser da cidade
Destrói sem dó o cerrado
Diz que está cultivando
Usa trator e arado
E que precisa pagar
Plantio financiado

Por isso a água seca
Faz o assoriamento
Falta água pra beber
Lavoura de alimento
Seca barreiro e açudes
Racha terras com esquento

A natureza castiga
A cidade com chuvadas
Enchentes em maré e rios
Famílias desabrigadas
As pessoas perdem tudo
Gente fica soterrada

Na alta serra resiste
O cacto mandacaru
Só escapa do estio
O sapo e o lambú
E no gaiteiro do mangue
Fica só o aratu

Esse lindo paraíso
Precisa de proteção
Com trabalho de apoio
E conscientização
Antes que sejam extintos
Os vaqueiros do sertão

Vamos todos  preservar
Nosso meio ambiente
Não poluir mais os rios
E a cidade da gente
Amar a  mãe natureza
Como agreste  ama repente

Lá no sertão em Serrita
Tem a missa do vaqueiro
Que com o amor mantém
A memória do guerreiro
Foi o Raimundo Jacó
Era forte brasileiro

Da forma que caim
Matou Abel o irmão
Foi o  Raimundo Jacó
Morto pela traição
Da mão de um invejoso
Covarde com ambição

A morte desse vaqueiro
Do covarde foi o ato
No dia 08 de julho
Houve esse cruel fato
54 o ano
O Brasil sabe o relato

       Vários cantos do Brasil
Doenças pra todo lado
Mata  pescadores
Homens ao bem dedicados
Na lida, no lamaçal
Depois choram desolados

Para os heróis do mangue
Mando a saudação
Muitos perderam a vida
Sem encontrar proteção
Iguais  Raimundo Jacó
Que foi morto no sertão

No sertão lá em Exú
Luiz Gonzaga defendeu
Os guerreiros do sertão
Que na vida já sofreu
Correndo atrás do gado
Onde muito  já morreu.
Na cidade do Recife
Chico Science defendeu
O mangue com sua arte
Na cidade que nasceu
Falando do pescador
Da luta e legado seu

Lá no sertão de Gonzaga
Criou-se uma tradição
É o forró pé-de-serra
Com sanfona e baião
Chico Science no Recife
Fez música revolução

Daí você pode vê
Cultura não tem idade
Da praia até o sertão
Tem música de qualidade
Como cultura do povo
Desde da antiguidade.
Por  esse motivo eu
Dividi meu coração
Por que nasci na cidade
Mas amo muito o sertão
Que a árvore da poesia
Dá flores e cai no chão

Tem aboio e tem viola
Mulher rendeira e cordel
Mesmo com a seca lá
Há rapadura do mel
Pior é devastação
Da mão do homem cruel

Eu espero que o homem
Comece a respeitar
A nossa mãe natureza
Para tudo melhorar
A nossa missão aqui
É o amor propagar

Autor: Esperantivo



Sou feliz por que meu Deus Nunca me deixa sozinho

Sou feliz por que meu Deus
Nunca me deixa sozinho

Todo dia quando acordo
 Faço minha oração
Agradeço ao pai eterno
por toda a proteção
Mais também não sou santo
Tenho meus defeitos irmão.

Minha igreja é meu quarto
Jesus Cristo meu pastor
Maria a minha mãe
E Deus o meu protetor
O meu livro é a biblía
Minha arma o amor.

É por isto que respeito
Toda a religião
Nunca penso em julgar
Pois não dou a salvação
Deixo isto para Deus
O dono da criação.

Quem condena é condenado
Assim diz nosso senhor
Não quero cair no erro
Pois sou muito pecador
Não julgo meu semelhante
Sou ovelha e não pastor.

Sigo falando em paz
E plantando só carinho
Na lavoura do perdão
Vou cativando`m pouquinho
Sou feliz porque meu Deus
Nunca me deixa sozinho.

Ser poeta é um dom
Escrever minha missão
O papel é meu amigo
O lápis o meu irmão
Agradeço ao pai eterno
Por toda inspiração.

Quero só falar de paz
E praticar o amor
Neste mundo de injustiças
De maldade e terror
É preciso então mostrar
Da bondade o seu valor.

]
A família é a base
De toda educação
Uma família estruturada
Forma grande cidadão
Se a família desanda
Vive em perturbação

Quando é de madrugada
Galo começa a cantar
Pai e mãe logo levanta
Para na lida pegar
O pai vai para o roçado
A mãe dos bichos cuidar

As crianças no cercado
Tangendo a bezerrada
Para ordenhar a vaca
Tira leite para coalhada
Cortar palma para os bichos
Deixa as cabras amarradas.

Na hora das refeições
Todos ao redor da mesa
Oram antes de comer
Acho isso uma beleza
São coisas que sempre vemos
Na família sertaneja

Acredito nesta força
Do seio familiar
Os pais com autoridade
Para o filho educar
Sempre com paz e amor
De maneira exemplar

Aprendendo as lições
Desde pequenininho
Saber como respeitar
Seu amigo e irmãozinho
Sou feliz porque meu Deus
Nunca me deixa sozinho

Nestes versos que criei
Mostrei minha opinião
Para mim uma família
Também é religião
Pois se mal estruturada
Pode levar a perdição

Por isto acho importante
Todas as religiões
Cada qual que siga a sua
Respeitando opiniões
Amando Seu semelhante

No fulcro das emoções

Se forró tem poesia Poesia tem forró

Se forró tem poesia
Poesia tem forró

O Brasil é muito rico

De tudo se tem fartura
Nossa  musicalidade
Nossa arte e cultura
Tem poetas e escritores
Romancistas trovadores
È uma fonte segura

Em todo nosso país
A cultura é variada
Pois em cada região
È bem identificada
Somando muita riqueza
Da arte sua nobreza
Pelos vates divulgada

A arte tem o seu brilho
E também sua função
È riqueza de um povo
Que fica pra geração
Mantendo este legado
Dando conta do recado
Mantendo a tradição

As cações com belas letras
Isto é o ideal
Não importa o estilo
E batida musical
Tem que ter letras legais
Sem sentido imorais
Coisa não muito legal

Como era no passado
Letras belas de valor
De revolta ou desespero
Critica, paixão e amor
Tendo bela melodia
A canção que se ouvia
Sentindo o seu sabor



Seja na MPB
Reguee  rok e seresta
Samba fank e pagode
O brega que assim protesta
Da dama sua paixão
É muita variação
Que o povo assim atesta

Mas a canção do passado
Mantinha a qualidade
Levando uma mensagem
Sem imoralidade
Descrevendo o roteiro
No cenário Brasileiro
Pra toda sociedade

A canção dos excluídos
Uma forma de protestar
Mostrando a dura lida
De quem busca assim mudar
A nossa sociedade
Passa por dificuldade
Difícil de superar

Amigo é pra guardar
No fundo do coração
Analise esta letra
Veja que bela canção
Traz uma boa mensagem
Fazendo uma abordagem
De amor e união

O clamor que o índio faz
Pedindo paz e amor
Proteção ao ambiente
Na letra do pensador
Aborda a realidade
E também dificuldade
Desta povo sofredor



Mas com o passar do tempo
Tudo vem modificando
As letras e os estilos
Também vai assim mudando
Listagem de palavrões
Insultos e curtições
As letras vão abordando

Mulher, dinheiro e cachaça
Muita gaia e curtição
Tem música que só exibe
Listagem de palavrão
Sem nada pra refletir
se você assim ouvir
Vai tirar sua conclusão

Tem o estilo atual
Só abordando a riqueza
Mulher, dinheiro e bebida
Uma vida de nobreza
Fora da realidade
Mas os jovens na verdade
Vivem esta incerteza

Mas o forró se manteve
Mantendo a tradição
De falar só de amor
E belezas do sertão
Seguindo a melodia
Muita letra e poesia
Para toda a  geração

Também tem outros estilos
Que manteve seu valor
Falando de romantismo
E mistérios do amor
Isto esta aprovado
Pois assim tem revelado
Do poema seu valor



Se forró tem poesia
Poesia tem forró
Sanfona tem melodia
Seja em fá ou seja em dó
Onde toca se encanta
A moçada dança e canta
No salão levanta o pó

O forró é do Nordeste
Hoje bem adaptado
Foi ganhando o Brasil
Sendo assim divulgado
Com linda composição
Vem mostrando o sertão
Do povo o seu legado

Seja frevo ou ciranda
Caboclinho e cantoria
Coco e maracatu
Rap na periferia
Se tiver letra bonita
A cultura edifica
Da mais vida a melodia

O forró nasce no campo
Na força da inspiração
Na mente de um poeta
Que faz a composição
Traz o brilho e magia
Uma bela harmonia
Sanfona e percussão

O rap é improviso
Parece a cantoria
Porém não tem a viola
Mas a rima assim cria
Muda  a metrificação
Mas se for boa canção
Nosso povo elogia



O forró tradicional
Você possa pesquisar
É algo regional
Gostoso de escutar
Pois forró tem poesia
Minha amiga assim dizia
È cultura popular

Ninguém ver falar em drogas
Frases de baixo galão
Vaidade ou luxuria
Nem se quer depravação
Eu prefiro o passado
Canção de apaixonado
Que retrate o sertão

Quero ver o azulão
Afinando o gogó
Patativa e Zé Dantas
Compondo belo que só
Poemas com maestria
O forró tem poesia
E poesia tem forró

Eu não tenho preconceitos
Desato logo este nó
Só gosto de cações belas
Aprendi com minha vó
Que não mostre baixaria
Se forró tem poesia
Poesia tem forró

Como eu sou do sertão
Gosto d’uma cantoria
De escutar um poeta
Aboiar com alegria
Um bom forró pé- de- serra
Mas todo estilo da terra
Se for bom se aprecia


Agora eu me despeço
E deixo o meu clamor
Componham letras que falem
de paz, bondade e amor
Pois nossa sociedade
Sente a necessidade
De expressar este valor.

Autor: Esperantivo

segunda-feira, 14 de outubro de 2013

Família nordestina

Família nordestina

Quem mora lá no sertão
É uma grande riqueza
Um povo maravilhoso
Dono de uma grandeza
Quem nasce neste lugar
Vive com a  natureza

O relâmpago e o trovão
No serrado nordestino
A alegria é grande
Ser vaqueiro é o destino
Todos vão cuidar da terra
Homem mulher e menino

Quando chove no sertão
Açudes começam encher
Alegra o homem do campo
Melhorando o seu viver
A lavoura se renova
Se tem direito a comer

Começa a plantação
Ninguém fica a reclamar
Todo dia no roçado
Sua semente vai plantar
A tarde estão de volta
Se reúne para jantar

Uma mesa muito grande
Bem no meio da cozinha
A comida já bem quente
Fava, feijão e sardinha
Sábado o cartaz muda
Farofa arroz e galinha

Os meninos na colheita
Gostam muito de ajudar
As mulheres compram móveis
Para a casa enfeitar
Roupas novas e brinquedos
As crianças vão brincar



Tudo isso acontece
Com o povo do sertão
Passam por dificuldades
Mas não deixa seu torrão
Se tem água e lavoura
Tem comida de montão

Toda noite no alpendre
A família a  conversar
Compadre e a comadre
E as crianças a brincar
Na mais plena alegria
Sempre a luz do luar

No sertão a gente encontra
Povo de bom coração
Um clima muito gostoso
O verde na plantação
Leite fresquinho do gado
Coalhada tem de montão

Pois eu Sou apaixonado
Pelas coisas do sertão
Água fresca do açude
Café feito no pilão
A safra é garantida
Se chove na  região

O vaqueiro logo cedo
Sela o cavalo e vai
Pra sua lida diária
Do pensamento não sai
Aquele aboio lindo
Enquanto na luta cai

O tsiu salta no galho
Patativa a cantar
Acauã na capoeira
O guiné fica a gritar
Dizendo que esta fraco
Pra quem quiser escutar






Logo cedo se levanta
O homem com muita fé
Segue logo pro curral
A mulher faz o café
As crianças se levantam
Logo cedo estão de pé

Vai direto ao curral
Para as vacas ordenhar
Tira o leite fresquinho
E bota para qualhar
Para comer com cucuz
E o queijo fabricar

Corta palma põe no coxo
Prepara a alimentação
Capim luca, forrageira
Do milho corta o cambão
E tritura no motor
Faz pro gado a ração

Joga o milho no chão
E abre o galinheiro
As galinhas logo correm
Fica cheio o terreiro
O guiné grita tô fraco
Corre pra chegar primeiro

Chega o peru de roda
Se arma todo o pavão
Para cortejar a fêmea
Que comendo ali estão
È processo natural
Em sua reprodução

O jumento amarrado
No pasto a relinchar
Esperando o momento
De seu dono lhe buscar
Dar água para beber
E no curral lhe soltar




O vaqueiro leva o gado
Logo cedo pra pastar
Montado em seu cavalo
Seguindo a aboiar
Admirando a paisagem
Bonita de seu lugar

Depois volta para casa
Pega água no barreiro
Coa e bota no pote
Faz o trabalho ligeiro
Bota lenha no fogão
E faz o fogo primeiro

Pega a enxada e o chapéu
E segue para o roçado
Quando chega o inverno
O povo fica animado
Tem lavoura e fartura
É um ano abençoado

Tem fava, feijão de corda
E milho bem a vontade
Feijão preto e batata
Ihame em quantidade
Quiabo e vitamina
Que produzem de verdade

Tem o jerimum caboclo
Com sua bela ramagem
Suas flores amarelas
Mostra uma bela imagem
E o pangola bem verdinho
Dar mais vida a pastagem

O lambu voa ligeiro
Ninguém acha o seu ninho
De longe a gente escuta
O pio do filhotinho
Esperando sua mãe
Fica no mato quietinho




A noite toda família
No alpendre a conversar
Declamar um bom cordel
Para a turma escutar
Mantendo a tradição
Da cultura popular

Também no fim de semana
Se tem uma cantoria
Chamado pé de parede
Tem viola e poesia
As famílias se reúnem
Com bastante alegria

Quando eu chego no sertão
Eu não quero nem voltar
Sempre fico com saudades
Do povo deste lugar
Pois eu na cidade grande
Nunca vou me acostumar

Uma sela bem macia
Um depósito de feijão
Uma casa com alpendre
No quintal a criação
Fazem parte da paisagem
Das coisas de meu sertão


Hoje moro na cidade
Por não ter outra opção
Vim aqui pra trabalhar
Buscar outra condição
Mais não troco tudo isso
Pelo meu belo sertão

Aqui eu vou terminando
Estes simples versos meus
Com uma grande saudade
Do calor dos braços teus
Orobó eu vou voltar
Pra isto eu peço a Deus.

Autor: Esperantivo

Clamor da natureza

Clamor da natureza

vejo os rios reclamando
Segue na poluição
As metas sendo devastadas
Na serra da ambição

O homem destrói a mata
Com o seu triste egoísmo
Leva risco para fauna
Lhe deixando no abismo

Sinto falta dos gorjeios
E voar da passarada
Do desabrochar das rosas
No orvalho da madrugada

As matas estão chorando
A cruel devastação
clama ao homem que proteja
a sua vegetação

Mataram o Chico Mendes
A freira e outros mais
Por pedir preservação
Das plantas e animais

Hoje a natureza clama
Tem o seu corpo marcado
Pelas mãos cruéis do homem
E pelas força do machado

Esta desumanidade
Traz um efeito voraz
O homem perdeu o rumo
De tudo que ele faz

Quando nosso ar faltar
Para a respiração
O homem será o culpado
Por toda destruição.


Autor:   Luiz esperantivo

Mestres da vida

Mestres da vida

Não sei se vou agradar
com estes pomas versos meus
Só quero mostrar a todos
O dom que vem de Deus
Mostrado em poesia
Aqui nos versos seus

Eu escuto pelo rádio
Em sua programação
Governantes preocupados
Com nossa educação
Porém nunca fazem nada
Sofre a população

O número de analfabeto
Segundo a estatística
Diminuiu um bocado
Assim mostra sua lista
Mas a coisa é diferente
Que temos a nossa vista

Melhorar nosso ensino
Trazendo mais qualidade
Capacitar professores
Em toda localidade
Melhorando seu salário
Dando valor de verdade






Dando mais capacidade
De trabalho ao professor
Que a cada dia que passa
Diminui o seu valor
Hoje quase ninguém quer
Ser mais um educador.

(Esperantivo)

sábado, 12 de outubro de 2013

Michael jackson

Michael jackson

Caro amigos leitores
Prestem muita atenção
Vou mostrar neste cordel
Minha admiração
Por este grande artista
Desta nova geração

Com linguagem sertaneja
Relato o acontecimento
O brasil esta de luto
Neste devido momento
Michael Jackson se cala
Para maior sofrimento

O astro pop partiu
Sem ao menos avisar
Uma parada cardíaca
Fez o astro se calar
Agora parte pro céu
O seu eterno lugar

Vinte e cinco de Junho
Se de a fatalidade
Michael calou sua voz
Para a infelicidade
Dos seus fãs e amigos
Que o amavam de verdade

No ano cinquenta e oito
Este artista nasceu
Veio com grande talento
Que o Pai lhe concedeu
Aos sete anos de idade
O mundo lhe conheceu

Uma criança sofrida
Tinha uma grande missão
Levar a alegria ao mundo
Encantando a multidão
Nasceu para ser um mito
Mostrando ter vocação

E foi nos anos oitenta
Q’ a carreira decolou
E seu enorme talento
Este artista assim mostrou
E uma legião de fãs
Este astro conquistou


A carreira foi crescendo
De maneira gradual
A cada lançamento
O sucesso foi total
E nasceu para brilhar
Esta artista afinal

No ano oitenta e dois
“Triller” fez grande sucesso
Quebrando grande record
Sendo um grande progresso
Foi o álbum mais vendido
Este fato eu confesso

Um homem de muita fama
E a alma perturbada
Vencendo dificuldades
Seguia sem dizer nada
As vezes até tristonho
Nesta longa caminhada

Muito dinheiro ganhou
E morreu endividado
Perdeu o rumo de tudo
Andava desmotivado
Porém com esta turner
Ele estava animado

Era a volta triunfante
Ocupando seu lugar
Voltando forte a mídia
E a carreira decolar
Brilhando em cada show
Antes de se aposentar

Este artista retratou
Perigo da violência
Da poluição do mundo
Do rancor e prepotência
Mostrando em suas letras
O tema com consistência

Falou do meio ambiente
Pedindo a proteção
E a guerra nuclear
Perigo para nação
Mostrando que o planeta
Precisa de proteção




Sua música emplacou
Fazendo grande sucesso
Durante um grande tempo
Teve enorme progresso
Ganhando muito dinheiro
E gastando sem recesso

Por portar o vitiligo
Fez a mudança de cor
Através de um processo
De um enorme valor
A dispigmentação
Da pele fez com vigor

Muitas plásticas também
O Michael realizou
Pra mudar aparência
Mas o publico não gostou
Teve assim repercussão
Mas ele pouco ligou

Mas o sucesso seguia
Em grande velocidade
E na década de noventa
Com mais uma novidade
Black or White scream
Foi sucesso de verdade

Durante toda carreira
Buscou sempre ajudar
Os menos favorecidos
Que viessem precisar
De causas beneficentes
Queria participar

Sempre gastou sem medida
Nunca economizou
Carros móveis e mansões
Este astro assim comprou
Um parque de diversão
Na mansão ele montou

Mas depois teve problemas
Quiseram prejudicar
A carreira do artista
Lhe querendo processar
Sobre a pedofilia
Inocência veio provar




Foi vítima de calunia
De mentira e maldade
Queriam ganhar dinheiro
Processando de verdade
Mas depois ficou provado
Que tudo era inverdade

C’a filha de Elvis Presley
Ele veio se casar
Uma mulher tão bonita
O casal veio formar
Mas logo em pouco tempo
Vieram se separar

Teve outro casamento
Foi com uma enfermeira
Que conheceu lá na clínica
Se tornou sua companheira
Ele teve assim três filhos
Não sei quantos c’a primeira

Com o processo que pagou
Gasto e separação
Também as quedas nas vendas
Menos arrecadação
Foi surgindo os problemas
Pra sua decepção

Anos passado ele foi
Grande personalidade
O segundo no universo
Conhecido de verdade
Vendeu mais de um bilhão
Em toda localidade

Mas agora suas vendas
Em desaceleração
O sucesso bem menor
E sem apresentação
Longe dos palcos e dos fãs
Com menor aquisição

Com problemas de saúde
Sentindo fragilidade
E também o financeiro
Foi outra realidade
O rei sentindo o peso
Do fracasso e idade




Mas chegou esta proposta
Dele aos palcos voltar
Resgatar o financeiro
E a carreira alavancar
Michael estava feliz
Por assim voltar cantar

Começou a ensaiar
Disposto e animado
Mas porém ele sentia
Com dor e debilitado
E em seu medicamento
Já estava viciado

Quis forçar o organismo
Querendo assim vencer
Naquela noite pediu
Uma dose pra valer
Para passar sua dor
O medico veio atender

Mas por força do destino
Ou uma fatalidade
Esta tal medicação
Pra sua infelicidade
Veio causar um enfarte
Lhe matando de verdade

Partiu mas deixou no mundo
O seu bonito legado
Trabalho de qualidade
Hoje muito admirado
E por muitos cover hoje
O Michael é imitado.

Autor: Esperantivo

Fragmentos de mim

Fragmentos de mim

Vou começando o cordel
Retornando ao passado
Em minha adolescência
Tempo de apaixonado
Sonhando com um futuro
Muito bem estruturado

Ano de oitenta e seis
Com dezoito anos estava
Conheci a Rosemary
No lugar que estudava
Aqui em nossa cidade
Um romance começava

Esta jovem estudava
Pra prestar vestibular
Colégio Mario de Andrade
Veio a se preparar
Foi naquela trajetória
Que fomos nos encontrar

Foi um ano se olhando
E conversando também
Junto a uma amizade
Desta que nos fazem bem
Depois nós nos afastamos
Sem ter motivo porém

Ela foi para FUNESO
E matemática cursou
Ano de oitenta e sete
No caminho se cruzou
Comigo mais uma vez
E um romance começou

Ela trazia consigo
Uma vida bem vivida
Um romance proibido
Outra vida já perdida
Mas com força e coragem
Teve êxito na partida

Pois com o erro aprendeu
Fez da queda uma lição
Esquecendo o passado
De tristeza e frustração
Superou dificuldades
Com força e convicção



Eu um eterno menino
Por ela me apaixonei
Iniciei o namoro
Ali eu me encantei
Mesmo sabendo a verdade
Em seus braços me joguei

A verdade que o amor
Não vem nascer com o tempo
E a paixão é passageira
No peito do elemento
Só amamos uma vez
Isto é um fundamento

Um ano depois casamos
Após sua gravidez
De nosso filho mais velho
Querido por sua vez
A nossa grande herança
Que o destino não desfez

Foi gerado com carinho
E criado com amor
Foi a nossa alegria
Recebeu nosso calor
Uma joia preciosa
De um imenso valor

Depois veio a Suelen
A nossa linda filhinha
Para trazer alegria
A pequena princesinha
Companheira da mamãe
É a nossa bonequinha

Tete já com cinco anos
Amável e dedicado
Uma criança tão meiga
Um garoto educado
Tão belo e inocente
Crescendo ao nosso lado

Ela estava formada
Um sonho realizado
Conquistando novo espaço
Com plano estruturado
Aquele mundo de antes
Ficou no tempo arquivado




E quando sui completou
Os três anos de idade
O casamento faliu
Pra minha infelicidade
Ela quis uma nova vida
Pra gozar a liberdade

Porém eu me esqueci
Da vida sua lição
Para me tornar um homem
Firme com o pé no chão
E viver para a família
Dando amor e proteção

Fui escravo da bebida
No declínio acabei
Com o leite derramado
Foi então que acordei
Hoje sigo minha vida
Sem a mulher que amei

Assim que me separei
Veio logo a depressão
De meus filhos separado
Perdi minha direção
Mas na hora do tormento
Os meus pais deram a mão

Ela seguiu seu caminho
Já sabia o que fazer
Passou a curtir a vida
Mergulhada no prazer
Sabia e experiente
Soube como então vencer

Eu perdido no trajeto
Buscando achar o prumo
Seguindo em desatino
Este erro eu assumo
Mas agora vou seguindo
Buscando achar o prumo

É preciso nesta vida
Prestar muita atenção
Quem se junta sem amor
Preso pela paixão
Vai sofrer as consequências
De desprezo ou traição




Cuidado com a rotina
No universo do casal
Faça do seu casamento
Um jeito muito legal
De viver sendo feliz
Todos unidos afinal

Eu como um pai ausente
Por esta situação
Perdido no sentimento
Doendo a separação
Vou pedir humildemente
Filhos o vosso perdão

Sei que muito eu errei
Mas busquei hoje acertar
Conheçam bem a história
Para bem avaliar
Pois o erro do passado
Ninguém pode consertar

Se contaram pra vocês
Uma história diferente
Nada melhor que o tempo
Para relatar pra gente
De uma coisa estou certo
Busquei fazer diferente

Sei que em sua balança
Peso menos afinal
De que sua genitora
Vamos falar bem real
Por causa destes fatores
É um ato natural

Se não fiz então errei
Não posso mais consertar
Tudo ficou no passado
Não posso mais retornar
Só trago boas lembranças
Do que pude conquistar

Hoje com cinquenta anos
Vejo sua mocidade
Conquistando os seus sonhos
E outra realidade
Posso então seguir tranquilo
Para a eternidade




Saibam que amo vocês
Isto é uma verdade
Cada dia que se passa
De vocês sinto saudade
Vocês são minha riqueza
A minha outra metade

Eu demorei trinta anos
Para a lição aprender
Que a vida é passageira
Não pode retroceder
O tempo passa veloz
Devemos feliz viver

Que amar sem ser amado
É viver na solidão
É nadar em correnteza
Sem saber a direção
Que quem age sem pensar
Perde o prumo da razão

Pois eu já tomei cachaça
Na vida me embriaguei
Fui burro e ciumento
E também eu já fumei
Porém sempre fui fiel
A mulher que eu amei

A vocês eu dei carinho
E também o meu amor
Na distância me perdi
Não sei se fui protetor
Ou mais um inconsequente
Entrego tudo ao Senhor

Hoje não quero mais nada
Somente a poesia
A solidão me maltrata
Tirando minha alegria
Mas o poema me anima
A cada raiar do dia.

A história de Estela Mares

A história de Estela Mares

Estela foi um fruto
De paixão e de carinho
No momento de fraqueza
De quem andava sozinho
Em meio ao meu destino
Tentei achar o caminho

Foi um namoro bonito
Eu queria me entregar
E viver toda paixão
Que eu pudesse conquistar
Da amável Adriana
E a solidão descartar

Mas meu coração bandido
Sem ter uma direção
Ainda preso ao passado
Ao amor sem solução
Perdi então esta mulher
Por não usar a razão

Me prendi a meu passado
E não vivi o presente
Sofri muito em silêncio
E me mantive ausente
Estou pagando o preço
E estou bem consciente

No dia quinze de julho
Após uma invernada
No ano dois mil e um
Em meio a caminhada
Encontrei com Adriana
Minha nova namorada

Que mudou a minha vida
Resgatou toda paixão
Existente no meu ser
Porém não meu coração
Sofrido e traiçoeiro
Me deixou na solidão

Foi no momento romântico
D’uma noite estrelada
Onde a lua brilhava
Estela foi projetada
Agosto daquele ano
Uma vida foi gerada



Outubro daquele ano
O fato foi confirmado
No exame de gravidez
Foi diagnosticado
Que naquele belo dia
Nosso fruto foi vingado

Foram nove lindos meses
Esperando a rainha
Aprendendo com a vida
Buscando entrar na linha
Num clima de alegria
Esperando a princesinha

Foi no primeiro de maio
Do ano dois mil e dois
Nascia Estela Mares
Bela como sempre foi
As sete e vinte e oito
A vida assim se compôs

A Estela assim chegou
Para trazer alegria
A toda sua família
Que com ela aprenderia
A essência do amor
Que tudo transformaria

Ela foi a primogênita
De seu Gilvan a netinha
E de toda a família
Ela é a queridinha
Pois todos ficam babando
Com a nossa bonequinha

Pois nossa querida Estela
Caçula sempre em ação
Trazendo frequentemente
Alegria ao coração
Com seu jeito carinhoso
Desperta a emoção

Ane e a dona Leda
E Junior o seu tiozinho
Sempre a cada momento
De Estela estão pertinho
Pois ao lado desta gata
Ninguém se sente sozinho




Ensinamentos passados
Com palavra e ação
Perdão, justiça, verdade
Fé, respeito e união
Estela vai aprendendo
Desde sua geração

Dona Leda sua avó
Sempre esta ao seu lado
Dando carinho e amor
A este ser tão amado
Que é a  nossa Estrela
De um céu iluminado

Todo dia mamãe Leda
Faz a sua caminhada
Volta pra casa correndo
Para ver a sua amada
A querida estrelinha
Esta filha tão mimada

Para onde ela vai
Estela esta presente
Coruja de carteirinha
Disto esta consciente
Sempre pensa em Estela
Mesmo quando esta ausente

Seu Gilvan sai pra pescar
Mas fica sempre atento
Sempre cuida da netinha
Não a larga um só momento
Estela vai desfrutando
Deste belo sentimento

Mesmo longe de estela
Lhe trago no coração
Viva em minha lembrança
Brilhando na escuridão
Clareando minha vida
No caminho da emoção


Coloquei o nome Estela
Mares bem pensado
Q’é estrela do mar
Diz o significado
Sua mãe assim gostou
O nome foi aprovado



Como um pai aprendiz
Desprovido de razão
Tento ser um pai melhor
Se não sou me dê perdão
Filha eu te amo muito
És o sol de meu sertão

A te dou o meu carinho
E a minha proteção
Você é minha estrela
Em minha constelação
Iluminas minha vida
Com a luz do coração

Hoje quatro de outubro
Dois mil e treze o ano
Você com os seus dez anos
Sempre vive em meu plano
Uma rosa no jardim
Muito bela sem engano

O vovó Luiz no céu
Fica a interceder
E a gente aqui na terra
Buscamos lhe proteger
Sou seu eterno aluno
Em busca de aprender

Seus irmãos também lhe ama
Sente de você saudade
Tet, Sui e a Estela
Três tesouro de verdade
Ter vocês em minha vida
É uma felicidade.


Autor: Esperantivo