segunda-feira, 31 de março de 2014

Biodiversidade riquezas da natureza

Foto captada da internet
             

           BIODIVERSIDADE



Diz o Velho Testamento

Que Deus ordenou a Noé
Construir a grande Arca
Ele foi um homem de fé
Obedeceu pra salvar
Toda criação de pé

Disse Deus: A geração
Tá rebelde e depravada
Eu vou mandar um dilúvio
Na Terra não fica nada
Faça a arca e abrigue
A grande manada

Depois que Noé fez tudo
Deus foi à arca e lacrou
Por fora e mandou a chuva
Na água tudo afogou
Só quem estava na arca
É quem então se salvou

Foram só oito pessoas
De cada bicho um casal
Depois cessaram as chuvas
Baixou a água afinal
Quando a Terra enxugou
Noé saiu triunfal 
Noé saiu  da arca
Com aquela bicharada
Na terra, as sementes
Nova vida foi criada
Cumprindo ordens divinas
A Terra foi recuperada

Foi a biodiversidade
Que Deus então salvou
 “Pode de tudo comer”
Deus a Noé liberou
Mas a geração vindoura
Da liberdade abusou

Das profundezas oceânicas
Até às altas montanhas
Existem milhões de vidas
Muitas ainda estranhas
Precisam ser preservadas
Com práticas e com campanhas

Foi há três bilhões de anos
Que a vida começou
Primeiro no fundo dos mares
A pesquisa revelou
Depois o lodo na terra
A natureza criou

As energias da terra
Os raios e o sol quente
Poças de água parada
Com substância aderente
Deram então origem
À bactéria vivente

Aconteceram mutações
Com a vida se mover
Deslocamento de átomos
Fizeram a geração crescer
Novas formas de vida
Cada ambiente veio a ter

O frio, o calor, o raios,
As condições dos ambientes
Trouxeram novas formas
De solo e águas correntes
O poder da natureza
Criou seres diferentes

Isso é Biodiversidade
Vida diversificada
Na água doce, os anfíbios,
Em rios de serra elevada
Tornaram-se então répteis
De forma hoje estudada


A reprodução sexuada
Muitos genes misturou
E sofrendo mutações
Diversidade assim gerou
Há 700 mil anos
Muitas vidas o mar criou

Há mais de quatro milênios
As plantas ocuparam a terra
Também pequenos animais
Nos baixos e nas serras
Foi o tempo dos anfíbios
E a vida não encerra

240 mil
Anos com certa precisão
Uns peixes viraram répteis
As aves surgiram então
Era a vida na Terra
Ainda em evolução

600 milhões de anos
Tempos de paz e de brigas
Mudaram muitas espécies
Elas foram sucedidas
Por outras, descendentes
Continuando as vidas


Nossa terra já passou
Por cinco transformações
Por quedas de meteoros
Era do Gelo e ações
Muitas vidas foram extintas
Vieram outras gerações

Já faz uns 30 mil anos
Que o homem vem fruindo
Dessa grande natureza
Mas também vem agredindo
E então dessa maneira
As catástrofes vêm surgindo

Nos últimos 200 anos
O homem muito avançou
Cresceu a tecnologia
A ciência aumentou
Mas com toda natureza
Pouquíssimo se importou

Destruiu  a vida primária
O vegetal e o mineral
Poluiu o mar e os céus
Não poupa o animal
Vai prejudicando tudo
Nada escapa no final


Vão seguindo destruindo
Dizendo ser necessidade
Vegetais e minerais
Animais de raridade
Para acumular riquezas
Com poder e vaidade

Temos 30 mil espécies
De plantas catalogadas
Selvagens e comestíveis
Das populações usadas
Hoje a biogenética
Faz plantas modificadas

Apesar das melhorias
Continuam destruindo
A biodiversidade
Vai então diminuindo
Nossa fauna, nossa flora
A cada ano vêm sumindo

Desde o lodo aos musgos,
Ervas, arbustos e cipós,
Bromélias e madeiras,
Estamos ficando sós
Vem sumindo o que havia
Na época de meus avós


A retirada de matas
Na terra causa erosão
Assoreamento dos rios
Hoje é preocupação
Criando desertos e secas
De acordo com a região

Há desertos e montanhas
Savanas, mangues e chapadas
Riachos, marés e rios
Bosques de matas fechadas
Caatinga e cordilheiras
Restinga, arroio e baixadas

Há plantas medicinais
Pelo povo utilizadas
Ervas para os temperos
Muito bem apreciadas
Leguminosas, frutos
Castanheiras apreciadas

Há  calotas polares
O Equador temperado
Peixe há 200 metros
Que já  são  catalogados
O mar de 12 mil metros
É um nicho muito falado
Petróleo, zinco e cobre
Ferro, chumbo e alumínio
Ouro, prata e urânio
O homem tem o domínio
Se apoderou de tudo
Mas vai por vezes ao declínio

O ar com o oxigênio
É um gás tão importante
Mas já está poluído
Com substâncias irritantes
Causa alergia e doenças
Deixa a criança ofegante

Agora o homem precisa
De uma nova educação
Para ajudar a Terra
Na futura  geração
A biodiversidade
Pede  socorro então.


Esperantivo 12 FEVEREIRO DE 2011




As plantas medicinais












Foto captada da internet


                                  As ervas medicinais



As ervas eram usadas

Desde nossos ancestrais
Para curar as doenças
As plantas usavam demais
Pois a sua farmácia
Eram nossos vegetais

No tempo não existia
A tal tecnologia
Nem ao menos hospitais
Para fazer cirurgias
Farmácia era a mata
De onde tudo trazia

As plantas são seres vivos
De grande propriedade
Nos fornecem alimentos
Em toda localidade
Colorem as nossas praças
Com muita variedade.

As plantas filtram o ar
Evita a poluição
Produz o oxigênio
Para nossa respiração
A folhagem, a semente
Serve pra alimentação 


As plantas retêm a água
Resfria o ambiente
Onde tem mata fechada
Com certeza tem nascente
Que alimenta os rios
E mata a sede da gente.

Nossos irmãos indígenas
Sabiam como ninguém
Onde achar alimento
E seu remédio também
Os mistérios das florestas
Conheciam muito bem.

Tiravam da natureza
O lenitivo pra dor
Usava broto, folhagem
Ou até mesmo a flor
Casca, raiz e sementes
Este povo conhecedor

As ervas foram usadas
Por muitos anos a fio
Como boa medicação
Aqui neste meio hostil
Para tudo tinham cura
                       Nas florestas do Brasil. 


Os negros quando chegaram
Nos tais navios negreiros
Trouxeram também a cultura
Do Candomblé dos terreiros
Conhecimento das plantas
E o saber dos curandeiros.

Reza pra peito aberto
E espinhela caída
Olho gordo e tontura
Ou perna enrijecida
Pinho roxo e oração
Era cura garantida.

Das plantas tirava tudo
Para a utilização
De chaves e alimentos
E também ornamentação
Se alguém adoecia
Na mata tinha solução.

Urucum era a tinta
Para o seu corpo pintar
Planta que produz colorau
Pra na comida colocar
Pigmento que os índios
                 Gostavam de utilizar


As plantas são usadas
Pra compressas e bocejos
Vapores e inalações
Não precisa de segredos
Banhos, compressas, emplastos
Gargarejos e ensejos

Se usa pro raquitismo
Um suco estimulante
Com cenoura e alfafa
Um copo é o bastante
Antes de uma refeição
No almoço é importante

Flores de sabugueiro
E a camomila também
Raiz de salsa e água
Deixe que ferva bem
Pra catapora, rubéola
Ajuda como ninguém

Artrite e reumatismo
Erva doce e bardana
Cavalinha, água fervendo
Faz um chazinho bacana
E antes das refeições
                      Tome um chá feito"cana"


Pra cólicas menstruais
Chá é a solução
Camomila e melissa
3 colheres é porção
Anil-estrelado, água
Tome com moderação.

Pode também tomar suco
Pro tratamento reforçar
Meia xícara de salsa
E cenoura pra completar
4 delas bem lavadas
Um suco pra começar.

Para tratar corrimento
Coceira e irritação
3 colheres de espinheira
Santa é bom amigão
De malva e camomila
Faça o cozimento então.

E depois do cozimento
Penere bem direitinho
Aplique uma  lavagem
Do produto bem morninho
É três vezes na vagina
                    Faça tudo direitinho


No caso de anemia
O suco aconselhado
Repolho e espinafre
Uma vez é indicado
Sempre antes do almoço
É muito recomendado

Uma medida de quina
Tomilho e fucho também
Também Salvia e carqueja
Um bom resultado tem
Com mirtilho e mel
Formar este suco vem

Deixe por doze horas
Depois e somente coar
E uma colher de sopa
Do sumo ira colocar
Num copo de suco de uva
Em jejum irá tomar.

Neste trabalho descrevo
Plantas de muitos estados
Para diversas doenças
E com nomes variados
Mais a maioria delas
                     Aqui são encontrados.


Pode usar o alecrim
Para o mal do coração
Confrei, salvia e  bardana
E também para depressão
Um chazinho de alecrim
Tem um boa atuação.

Mil em rama e transagem
Pra venérea é ideal
O banho é de acento
O chazinho afinal
Duas vezes todo dia
Pra coisa sair legal.

Limão é um santo remédio
Pra gastrite e  rouquidão
Combate esterilidade
Ajuda na digestão
Cura a blenorragia
Frieira e constipação

Tanchagem e alecrim
Ajuda a afta curar
E seis bocejos diários
Você deve aplicar
Desta forma a ferida
Vai logo cicatrizar.

                      Pra falta de apetite
                           Um suquinho de limão
                                                                              Bem como chá de alecrim                                                                                                                        E anis-estrelado irmão                                                                                                                            Quatro colheres de sopa                                                                                                                           De três em três horas então


Para quem é pescador
Esta planta é popular
Uns chama de canaponga
Do mangue é familiar
Maperaiba ou sapateiro
Podemos identificar

Mangue-vermelho, mangueiro
Conhecemos de montão
Usa para diarreia
E sangramento então
Para isto se utiliza
A casca em decocção

Diabete poejo, fucho
Alecrim pra digestão
Hortelã para cólica
Artemísia pra convulsão
Alfazema, coqueluche
                Tanchagem, inflamação.

Esperantivo

O manguezal vida e riqueza

Foto captada da internet





O manguezal vida e riqueza



O mangue é um ambiente
Junto ao mar localizado
O encontro da água doce
Com a de gosto salgado
Lama coberta de árvores
Na beira – mar  encontrado



As plantas do manguezal
Criadas da natureza
Tira o salitre do ar
O contrario da correnteza
Quando encontra a ressaca
Depura e faz a limpeza



Sem ter a ação do mangue
Ninguém podia viver
A forte poluição
Fazia adoecer
Com lama e ar poluído
Muitas vidas ia morrer



Na subida da maré
Encontra a poluição
Trazida na água doce
A do mar faz baldeação
Mata as bactérias ruins
Que faz contaminação



A lama do manguezal cura
Doenças quando é sadia
Se jogar produtos químicos
Que a água contagia
Queima a pele da gente
Faz ferida e alergia



Outro mal grande é o lixo
Jogado lá na maré
Colchão velho ou sofá
E televisão até
Plásticos,bichos e geladeiras
Ferro velho de má fé




O prejuízo ambiente
Ninguém pode calcular
O plástico entope a camboa
Se o camarão chegar
Acha tudo destruído
E não pode desovar



E a poluição química
Que no rio é jogada
Quando sobe a maré
Mata tudo fica nada
Peixes caranguejos e ostras
Morrem e deixam a ossada



Marisco e unha de velho
Taioba síri também
Morre na água poluída
Cada dia menos tem
E o pescador se lamenta
Sofre mais do que ninguém



A devastação do mangue
Junto a poluição
Destrói o meio ambiente
Maltrata a população
Que retira deste ambiente
A sua alimentação



Com o progresso chegando
Ao mangue piora mais
A população nativa
Que vivem dos manguezais
Percebem esta mudança
Com isto sofrem demais



Pois seu emprego é a pesca
Seu produto o pescado
Pra trabalhar em empresa
Não é qualificado
Se tira o seu sustendo
Fica desamparado




Cada pedaço de mangue
Que derruba e faz aterro
Afeta a terra e maré
Pra vida ambiente é erro
Soterra peixe e crustáceo
É tirar couro em bezerro



Não cria mais caranguejo
Taioba nem sururu
Afasta os passarinhos
Camarão e aratú
E o esgoto que desemboca
Joga poluente cru



Os nossos Ucides cordatus
Pela classificação
É o nosso caranguejo
Vem sofrendo agressão
Com a caça predatória
Em sua população



No mangue tem  Guachinin
Um pequeno animal
Sua classe é mamária
Que vive no manguezal
Também come caranguejo
Na fonte nutricional



O timbú também passeia
Por entre o lamaçal
Buscando seu alimento
Num processo natural
E de pequenos crustáceos
Se alimenta afinal



Tem o nosso aratú
Entre a vegetação
Que sobe por entre os galhos
Buscando a proteção
Fugindo do predador
Tem rápida locomoção




Na lama tem o tesoura
Também o chama maré
Quando a maré tá subindo
Ficam na areia em pé
Chamando com suas patas
Aos milhares botem fé



Tem a bonita jibóia
Bem- te –vi e cantador
O  Xéxeu de bananeira
O três coco o beija- flor
Lavandeira e sabiá
E o socó pescador



E a garça bem branquinha
Que busca se alimentar
Quando a maré tá vazante
Vem ao mangue pra pescar
Comer peixes e moluscos
Para a fome saciar



A ostra fica agarrada
Nas raízes em emersão
Pois este molusco faz
Das águas a filtração
Pois o mangue poluído
Causa contaminação



Na lama ficam enterrados
Mas é fácil encontrar
O marisco o sururu
Taioba em sapatear
A areia sai da água
Assim pode apanhar



Tem muitas plantas também
Mangue branco ou gaiteiro
Avicenia racemosa
E também mangue tinteiro
Chumbinho e a Rhizophora
Tem musgo e espinheiro.



Autor: Esperantivo