segunda-feira, 30 de setembro de 2013

Zequinha dos oito baixos Um sanfoneiro de valor

Zequinha dos oito baixos
Um sanfoneiro de valor
                
Autor:esperantivo
            1
No dia vinte de outubro
Quarenta e três o ano
Nascia José Aleixo
Como se fazia plano
seu José e dona Alice
Esperaram sem engano
                  2
No engenho poço Dantas
Em São Lourenço da Mata
Estado de Pernambuco
Terra de cultura nata
Nascia este artista
Nesta cidade pacata
                    3
Seu José e dona Alice
Mantinham a tradição
De manter um bom forró
Em toda a região
Tinha música como robe
Pela sanfona paixão
                  4
Sanfona de oito baixos
O casal ia mantendo
E no meio musical
O Zequinha foi crescendo
Vendo os seus pais tocarem
E aos poucos aprendendo
                   5
Zequinha é o casula
O sexto da relação
De uma família simples
Mais de muita união
Que traz consigo no sangue
                    




               6
No  ano quarenta e cinco
No cabo veio morar
Pois seus pais aqui vieram
Para assim trabalhar
E no engenho retiro
Vieram se fixar
               7
Pois seu pai aproveitou
A produção açucareira
Para buscar seu sustento
Numa luta verdadeira
Mas tendo sua sanfona
Como a paixão primeira
                     8
Cresceu vendo os seus pais
E os seus irmãos também
Sempre tocando sanfona
Da maneira que convém
Este gene de artista
O nosso Zequinha tem
                    9
Então ele foi crescendo
Despertando esta paixão
O amor pela sanfona
Nasceu em seu coração
A arte que até hoje
Mexe com a emoção
                   10
Zequinha quando menino
Pedia para seu pai
Para tocar o instrumento
Ele lhe dizia vai
Pegar a minha sanfona
Com o peso você cai
                 11
Pois sanfona é um instrumento
Muito belo muito caro
Seu pai sempre lhe dizia
Tocar isto é muito raro
Mas se quiser aprender
Você tem o meu amparo
               12
Quando pediu a sua mãe
A sanfona pra tocar
Já estava com dez anos
Sua mãe veio lhe dar
E cuidado com o instrumento
Ela veio recomendar
                13
O menino então pegou
A sanfona em seu braço
Mostrando o seu talento
Tocando sem embaraço
Arranhou a asa branca
Muito bonita de fato
            14
Sua mãe admirada
Sentiu grande emoção
Ao chegar o seu esposo
Passou a informação
Deste dia por diante
Teve sua aprovação
              15
Pra treinar no instrumento
Aprendendo a cada dia
Zequinha foi melhorando
Com bastante maestria
Neste instante o artista
Na arte decolaria
              16
Aos quinze anos de idade
As  festas já animava
Onde havia festejos
A turma lhe convidava
Em toda a redondeza
O Zequinha já tocava
                17
Junto com seus três irmãos
O Zequinha ia tocar
Com seu pai e sua mãe
Pra a festa animar
Mostrando o seu talento
Para todos encantar
            18
Com a falta de incentivo
Ele foi desanimando
E durante quinze anos
Ele foi se afastando
Da sua amiga sanfona
Mas sentia algo faltando
                  19
Zequinha seguiu a vida
Quinze anos sem tocar
Com saudade da sanfona
E sem brilho no olhar
Pois a arte alimenta
O artista popular
            20
O incentivo de seu filho
Fez o  Zequinha voltar
Pegar sua sanfona
E novamente tocar
Mostrando seu talento
Pra todos prestigiar
             21
Levando o seu legado
Com bastante maestria
A sanfona novamente
Trouxe sua alegria
E agora o seu filho
Também lhe faz companhia
                  22
O Aleixo se tornou
Seu produtor musical
Forrozeiro de valor
seu amigo tão leal
A arte fortalecendo
Este laço fraternal
            


          23
Zequinha acumulado
Momentos especiais
Onde toca oito baixos
A galera pede mais
Mostrando que seu talento
Com certeza é demais
                24
No ano de dois mil e cinco
O mestre foi convidado
Para um documentário
Muito bem elaborado
Para o grande Arlindo
Que ficou emocionado
                   25
Maio de dois mil e seis
Já foi homenageado
Encontro de sanfoneiros
No cabo localizado
Foi uma festa bonita
Deixou  ele animado
               26
Ano de dois mil e nove
No pátio do mercadão
Zequinha lançou o cd
Primeiro da relação
Muito forró pé- de -serra
E bastante animação
              27
O título desta cd
É o xote da saudade
Com canções muito bonitas
Muita musicalidade
Divulgou este trabalho
Em toda localidade
                




            28
Ano de dois mil e dez
Vicência foi o lugar
Estado de Pernambuco
O Zequinha foi tocar
Sendo homenageado
Naquele belo lugar
                 29
Ano de dois mil e onze
Em Setembro foi o mês
Saiba que seis foi o dia
Pra lembrança de vocês
Recebeu a homenagem
Zequinha mais uma vez
                30
Dia vinte e seis de maio
Seguindo no mesmo trilho
Zequinha mostrou talento
Vocação e muito brilho
Lançou seu novo cd
Nome forró pai e filho
             31
Este artista deve ser
Pelo povo então lembrado
Seu trabalho com certeza
Deve ser valorizado
Eu queria ver Zequinha
Muito mais requisitado
                   32
Quem nasceu pra ser artista
Traz consigo vocação
No espirito o talento
Na mente inspiração
No peito muito amor
E muita satisfação.  

Exerça sua bondade doe sangue a seu irmão

Sangue é fonte de vida
Saiba disto meu irmão
alimenta nossas células
Movimenta o coração
Corre por entre os vasos
Para toda a direção

são cinco litros de sangue
Que podemos encontrar
No corpo do ser humano
Você possa acreditar
Para que o organismo
Possa bem funcionar

As artérias capilares
E veias pra completar
O sistema  circulatório
O conjunto vai formar
Para irrigar os órgãos
E o sangue não faltar

Sangue leva oxigênio
Para toda direção
Vai buscar o gás carbônico
Que esta lá no pulmão
Mantendo equilibrada
A nossa respiração

Ele tem seus componentes
Que agora vou citar
Uma parte líquida clara
Outra porção celular
O plasma sendo o líquido
A outra vou relatar

Sua estrutura é composta
Veja sua relação
Glóbulos brancos e plaquetas
E hemácias meu irmão
São as células que fazem
Do sangue a composição

São os glóbulos vermelhos
Ou eritrócitos que são
O mesmo que as hemácias
Pela classificação
Sendo a hemoglobina
Quem vai dar coloração

Plaquetas são importantes
Para a nossa proteção
Evitar o sangramento
Esta é sua função
Quando um vaso se rompe
Ela entra em ação

Os leucócitos combatem
Agentes da infecção
Que entra no organismo
Causando uma reação
Por bactérias ou vírus
Combatem com precisão

Ele produz anticorpos
Para o corpo proteger
Combatendo o invasor
Destruindo pra valer
Os inimigos no corpo
Pra ninguém adoecer

Amigos falei um pouco
Do sangue a composição
Para pedir sua ajuda
Esta é minha intenção
Doar um pouco de sangue
E ajudar seu irmão

Tem algumas condições
Para ser um doador
Tem que ter dezoito anos
Com saúde e vigor
Vontade e disposição
No peito muito amor



Quem não teve hepatite
Ou a malária também
Se usar drogas ilícitas
Para isto não convém
Precisa fazer exame
Conferir se estar bem

Responder a entrevista
Com toda sinceridade
Amigo doar o sangue
É um gesto de bondade
Vamos semear carinho
Entre a humanidade

Ninguém sabe do futuro
Você possa acreditar
Amanhã talvez você
Venha dele precisar
O sangue que foi doado
Vai sua vida salvar

Por isto não perca tempo
Tome logo a decisão
Vá correndo ao HEMOPE
Faça sua doação
Aflore sua bondade
Que tem no seu coração

Tem ainda uma vantagem
Seu sangue que foi doado
Vai para o laboratório
Para ser examinado
se acusar mau doenças
Você  será avisado

A sífilis e hepatite
Se no exame acusar
A AIDS tão perigosa
Se então se revelar
Você ficará ciente
Com tempo para tratar




Quem é doador de sangue
há tempos  habituado
Recebe uma carteira
Do ato humanizado
se precisar de hospital
Será providenciado

No dia de doar sangue
Precisa se alimentar
Ficar tranquilo e bem calmo
Na hora que for doar
Para tudo correr bem
e a vida continuar

Lembre-se de sua família
Pai e mãe filho ou irmão
pode precisar também
De sangue da doação
Para salvar suas vidas
Se houver internação

A reposição do sangue
Para quem é doador
Acontece em dois dias
Não tem perigo nem dor
Beneficia a saúde
Fique sem nenhum temor

A nossa medula óssea
Matuto chama tutano
É uma massa amarela
Oleosa sem engano
Ela quem produz o sangue
Todos os dias do ano

Por isto é importante
Esta bonita ação
De procurar o HEMOPE
Em qualquer uma região
Levar um pouco de vida
no ato da transfusão.

Separação de casais

Todo dia cresce muito
Desunião de casais
 A família está falida
E hoje ninguém  quer mais
Casar para a vida toda
Como foi nos ancestrais

Entre homens e mulheres
Hoje tem a igualdade
Mas para viver a dois
Falta a capacidade
Respeito e ajuda mutua
O amor reciprocidade

As mulheres se queixavam
Que o homem era bruto
Tratava ela bem rude
Com o mando absoluto
Gastava todo Lá fora

O salário num minuto
Hoje virou a jogada
Nesse tempo industrial
Porque a mulher trabalha
Tem vida empresarial
Na política e medicina
Na TV e no jornal

Para o homem falta emprego
Por isso fica em casa
Na cozinha, na faxina
Sua mente se arrasa
Com depressão e neurose
Atrofia e se atrasa

Pois a mulher ganha menos
Para a casa manter
Fica exigindo dele
O que deixou de fazer
Nos cuidados casa e filho
Começa o desentender

O mal passa para os filhos
Sofrem com as discussões
Assistindo as ofensas
As vezes sai agressões
Deixando  os filhos pequenos
Com trauma das emoções

Na casa que o casal
Vivem a xingar e brigando
O mal passa para os filhos
A todos vai afetando
Mal de casa vai a praça
No lugar que vão chegando

Na maioria das vezes
A mulher sofre agressão
Com traumatismo aparente
Hematomas de montão
Deixa os filhos marcados
Nervosos com depressão
Quando os pais se separam
Para os filhos é pior
O pai ou mãe foi embora
O trauma é bem maior
Não houve a paz em casa
Para os tratar melhor

Tudo o que o filho quer
É o pai e mãe presentes
Dando a ele amor, carinho
Na saúde ou doentes
Com atenção e sem brigas
E muito menos ausentes.

Quando o pai ou a mãe
Ameaça ir embora
A criança sofre o choque
Adoece sem demora
Fica com febre e frio
Passa mal na mesma hora
Leva ao médico e não tem
Nenhum sintoma aparente
É o emocional
Que essa criança sente
Alguma perturbação
Faz a criança doente

Fica triste o dia todo
Perde o animo a alegria
Não brinca e mal se alimenta
Rosto triste e mão fria
Porque os pais dela brigam
Vivem em desarmonia

Quando são filhos criados
Duma família briguenta
Não se entendem na rua
Fica sempre violenta
Não sabe ter amizade

       De todo mundo se ausenta
       Briga discórdia agressão
Responde mal ao que ouve
Não aceita sugestão
Ver maldade e ameaças
Faz má interpretação

Na sua cabeça guarda
O trauma em que viveu
Só acha em cada pessoa
Tudo  de ruim que sofreu
Reage mau contra todos
O medo é o perfil seu

Quem se aproxima dele
Com medo vai reagir
Com violência brutal
Quer logo o agredir
Se torna sociopata
Sua maneira de agir
Foi do trauma de criança
Que ficou com depressão
Vive com ansiedade
Precisa de atenção
Não se libertou do trauma
Depois da separação

O casal também se abala
Seu amor o fez sofrer
Sente a falta do cônjuge
Demora se reerguer
Precisa de tratamento
Pra se restabelecer

Quando o casal separa
Uma parte sai perdendo
Aquela que ainda ama
Segue na vida sofrendo
Lembrando sua família
Em tudo que vai fazendo
A família é sagrada
Na ordem do criador
Ela foi edificada
Pelo supremo Senhor
Pra viver em harmonia
Unida pelo amor

Os jovens de hoje tem
Problema emocional
Trauma pós separação
Apresenta o sinal
Precisa de tratamento
Área psicossocial

A família e importante
Deve ser valorizada
 O casal deve seguir
De forma estruturada
Com união pais e filhos
Durante sua jornada

Autores: Severino Melo e Esperantivo

Nossas borboletas

Muitas espécies nativas
Existem em nosso Brasil
Bonitas e coloridas
Voando nas plantas a mil
Em tempo de floração
Reproduzem  tão sutil

São elas que polinizam
Ajudam a  reprodução
De vários os vegetais
Como a papoula então
Fazendo  troca de pólen
Em tempo de floração

É um bicho importante
Na cadeia alimentar
Vendo seu ciclo vital
Podemos lhe  comprovar
                Pois devemos conhecer
Para assim lhe preservar

Durante a sua vida
               Quatro fases passarão
                De ovos até imago
É grande a transformação
Também a  crisálida

Que é a sua construção
Dos ovos vem a largada
Que busca alimentação
Comendo folhas verdinhas
Durante a formação
Formam depois o casulo
Para a sua mutação

Depois nasce o imago
Q’ é obra da criação
Uma bela borboleta
Para voar na estação
Embelezando os jardins
Em tempo de floração

Pois o inseto adulto
Se chama imago  também
Tem formato variado
Colorido que convém
Este pequeno animal
Grande importância tem

Na cadeia alimentar
Serve como alimento
Para muitos animais
Sob este firmamento
Por isto é importante
Zelar este elemento

Pois lagartas só é praga
Se fizer devastação
Do habitat natural
Deste inseto amigão
Então atacam lavoura
Qualquer outra plantação

Causando um prejuízo
Acabando a produção
E deixando o produtor
Com muita indignação
Então coloca veneno
Como sua  proteção

Esquece que tem lagarta
Que ajuda o produtor
Pois come toda a grama
Sem  precisar de trator
Não atacam a lavoura
É  bicho consumidor

E muitas plantas precisam
De um polinizador
Para sua reprodução
Necessita  condutor
Que  transportem  o  seu pólen
Para um receptor

È bicho invertebrado
E exoesqueleto tem
Insecta é  sua classe
Lepdoptera também
Pois esta é sua ordem
Pra não complicar ninguém

Pois possui duas asas
Ante e  posterior
Antena, perna e tórax
E abdome meu senhor
Possui também uma tromba
Que é um órgão sugador

Também possui  seis pernas
E  órgão perceptor
Para a  achar comida
E fugir do predador
Tem papo e tem estômago
Também   tubo excretor

As borboletas precisam
De água para beber
E de locais bem  floridos
Para poder sobreviver
É pena que muitas delas
Pode desaparecer
A borboleta coruja
Faz parte da relação
É Parides ascanius
Segue rumo a extinção
Já a Ascia monuste
É a branquinha amigão

Tem a Caligo beltrão
É a família corujão
E Danaus plexippus
Que é  comum na região
Medindo  nove centímetros
De  linda coloração

A Phoebis philea
É  toda amarelinha
Medindo nove centímetros
E é muito bonitinha
Também se chama de gema
Pela cor desta bichinha

E a Caixão-de-defunto
Que gosta de laranjeira
Para colocar seus ovos
Assim como amoreira
As larvas se alimentam
Desta planta Brasileira
Borboleta manacá
Tem grande variedade
Pois só come este fruto
Em qualquer localidade
Pois Methona themisto
É seu nome de verdade

Também tem Maria-boba
Reproduz no maracujá
Tem as asas coloridas
Como o maracajá
E também se alimenta
A lagarta do cajá

Tem a  Azul corcovado
Conhecida azulão
Morpho anaxibia
É graúdo e bonitão
Voando entre as árvores
Da Bahia e do sertão

Pois tem a Estaladeira
Que tem a cor moderada
Nas matas da região
É logo localizada
A Hamadryas februa
Foi muito capturada
A borboleta do campo
Pequena e bonitinha
Pois nos campos  e cerrados
Encontramos a bichinha
Vanessa brasiliensis
É nome da danadinha

Lá na América do Sul
Tem muita vegetação
Há sete mil  espécies
De borboletas então
Pois preservam as florestas
Que tem nesta região

São cento e cinqüenta mil
Que Lepidópteros tem
Grande parte da espécie
Que este grupo contém
Só vinte mil espécies
Ser borboleta assim vem

Observar borboletas
É uma arte secular
Onde os grandes pintores
Veio assim lhe pintar
E outros por passatempo
Passou a colecionar


Mas com o passar do tempo
Aumentou a devastação
Acabando o habitat
E sua alimentação
E assim diminuiu
Toda sua população

Algumas pessoas fazem
Criatório particular
Tirando em cativeiro
Grande parte de exemplar
Soltando na natureza
Buscando lhe preservar

Pois sua caça e venda
É uma ação ilegal
Pela  lei de proteção
Do Governo Federal
Se quiser ter um viveiro
Aja de forma legal

Se você lê o cordel
E achar que ficou legal
Leve esta informação
E cuide deste animal
Pois a você agradeçoJunto ao reino vegetal. 


O nordeste e a natureza


1 - Poeta Esperantivo

Vida boa do nordeste
Com inverno no sertão
O pasto verde e o povo
Fazendo à plantação,
As serras: cheias de verde
Flores na vegetação.

2 - Damião de Andrade (O Poeta do Sertão)

Eu quero ver o Sertão
Muito alegre e sorrindo
O Sertanejo no peito
Muito orgulho sentindo
Dizendo: DEUS obrigado
Pela a chuva, que está vindo
.

3 - Poeta Esperantivo

E a chuva não caindo
Fica triste meu sertão
O gado morre de sede
Seca toda a plantação
O agricultor perde tudo
Sofre sem alimentação.

4 - Damião de Andrade (O Poeta do Sertão)

Precisa ter devoção
Em nosso DEUS criador
Rezar com fé e pedir
Bastante chuva ao SENHOR
Por que só ele quem pode
Ser o nosso salvador.

5 - Poeta Esperantivo

Terra de gente guerreira
De um povo trabalhador
Quando chove o roçado
É lazer do agricultor
Faz de novo o plantio
Trabalha com muito amor

6 - Damião de Andrade (O Poeta do Sertão)

Fui um menino agricultor
Tudo o que quiser ensino
O meu Pai homem da roça
Um agricultor Nordestino
Ensinou-me a trabalhar
Ainda quando menino.

7 - Poeta Esperantivo

Quando o sol vem surgindo
Canta belo a golada
No galho do trapiá
No ninho agasalhada
O vaqueiro tira leite
Para fazer a qualhada.

8 - Damião de Andrade (O Poeta do Sertão)

No tempo de invernada
No roçado cresce a rama
O bezerro suga o peito
Babando o leite derrama
E mesmo estando pequeno
É apartado da mama.

9 - Poeta Esperantivo

O Jerimum se esparrama
E começa a enramar
As galinhas no terreiro
Logo cedinho a cantar
O pavão abrem as plumas
Para a fêmea cortejar.

10 – Damião de Andrade (O Poeta do Sertão)

Menino brinca na lama
E a mãe fica reclamando
Dizendo: sai daí menino
Estais todo se sujando
E com medo de apanhar
Corre pra casa pulando.

11 - Poeta Esperantivo

Quando está se nevoando
Fica alegre a passarada
O cavalo escaramuça
Vendo a terra molhada
E o sertanejo Grita:
É tempo de trovoada

12 - Damião de Andrade (O Poeta do Sertão)

O outro diz é invernada,
Compadre dar pra sentir!
O mormaço que aqui estava
Vi quase a terra explodir
Mas, agora a chuva fez.
A Natureza sorrir.

13 - Poeta Esperantivo

O canto de um colibri
Em plena mãe natureza
Que toca no coração
De quem está com tristeza
Inunda rios de lágrimas
Pra correr na correnteza

14 - Damião de Andrade (O Poeta do Sertão)

Deus criou a Mãe Natureza
Bonita com perfeição
Fez as montanhas e os mares
E a bela vegetação
Só quem explica essa obra
É o AUTOR da criação.

15 - Poeta Esperantivo

O clima lá do Sertão
Quando é quente devora
Deixando o gado sem pasto
Sofrendo a fauna e flora
Sem ter folha pra enxugar
Os prantos que a seca chora.

16 - Damião de Andrade (O Poeta do Sertão)

Quando sem chuva devora
Sofre o pobre agricultor
Que necessita de chuvas
Para regar uma flor
Que a roça é quem sustenta
O Urbanismo? Sim, senhor!

17 - Poeta Esperantivo

A planta muda de cor
Na primeira trovoada
O Nordestino fica alegre
Quando escuta a pancada
Dos pingos d’água nas telhas
E dos sapos a toada.

18 - Damião de Andrade (O Poeta do Sertão)

Vendo a terra molhada
O agricultor se anima
Cava a terra, planta o grão.
Cobre de terra por cima
Agradecendo o Bom DEUS
Pela mudança do clima.

19 - Poeta Esperantivo

O sertanejo se anima
E fuma um grosso cigarro
Senta num carro de boi
A boiada puxando o carro
Rodas de madeira e ferro
Deixando os rastos no barro.

20 - Damião de Andrade (O Poeta do Sertão)

O arado vira o barro
A capa de cima a baixo
A parte de baixo em cima
A parte de cima embaixo
E o barulho das águas
Nas pedras lá do riacho.

21-Poeta Esperantivo

Em um chapéu o barbicacho
Prende-se sob o queixo
É a sombra do roceiro
E a cabeça é o eixo
Que me dar suporte e força
Levo o peso, mas não deixo.

22 - Damião de Andrade (O Poeta do Sertão)

Do sertão eu só me queixo
Quando a seca é voraz
Por que ela devora tudo
Os planos ela desfaz
E só quando a chuva chega
Um novo plano se faz.

23 - Poeta Esperantivo

Nordestinos plantam paz
E amor no coração
Irrigam a veia horta
Regulam a pulsação
Para manter sempre viva
A esperança do Sertão.

24 - Damião de Andrade (O Poeta do Sertão)

Sabe sua obrigação
Raramente foge dela
Dá conta de sua casa
E não deixa faltar nela
O seu pão de cada dia
É sobrando na panela.

25 - Poeta Esperantivo

Milho verde na tigela
Cozido para comer
E um cafezinho bem quente
Quer é pra gente beber
Feito pela nossa mãezinha
Com muito amor e prazer.

26 - Damião de Andrade (O Poeta do Sertão)

Tenho prazer de viver
No lugar que fui nascido
As boas recordações
Desse meu torrão querido
Estão agendas na mente
Do Nordestino sofrido.


27 - Poeta Esperantivo

Menino corre despido
Joga bola no terreiro
Um sapo passa montado
Dirige como um balseiro
Desviando-se dos galhos
De mato que tem no aceiro.

28 - Damião de Andrade (O Poeta do Sertão)

A toada do vaqueiro
Chamando a vacaria
Montado no seu cavalo
Todo o rebanho ele guia
No curral ele separa
A vaca da sua cria.

29 - Poeta Esperantivo

Canta o sapo, a rã e a gia.
Um enredo na lagoa
De dentro da mata verde
Um pássaro canta e voa
Sacudindo suas asas
Pra enxugar a garoa.

30 - Damião de Andrade (O Poeta do Sertão)

O carão também entoa
Suas notas musicais
Na canção da Natureza
Dança todos os animais
Dando uma volta olímpica
No meio dos vegetais.

31- Poeta Esperantivo

Tem as pedras e corais
E o perfume das flores
Que perfumam o jardim
Com seus cheiros sedutores
Tocando o corpo e alma
Revelando seus amores.



(20-01-2013) Poeta Esperantivo e Damião de Andrade (O Poeta do Sertão)