sexta-feira, 26 de dezembro de 2014

Homenagem a Ailson (Lô)



Homenagem a Ailson (Lô)

De maneira inesperada
Num acidente brutal
Ceifou assim a vida
Deste ser fenomenal
Ailson agora descaça
Na corte celestial

Um ônibus desgovernado
Tira a vida deste artista
Lhe atropela na banqueta
Por sair assim da pista
A trompa hoje esta órfã
Cala a voz deste trompista

A lua se despontou
Com um brilho diferente
Na casa celestial
Os artistas ali na frente
Esperam este músico
Junto ao Onipotente

Foi agente voluntário
Ensinado sua arte
Pois Ailson via música
Se mover em toda parte
Um amante da cultura
Da canção um baluarte

Vá embora meu amigo
Pois aqui ficou saudade
Entre amigos e parentes
Por toda eternidade
Ficou grande cicatriz
Por esta fatalidade

Mas você se mantém vivo
Presente em nossa mente
Na música e na cultura
Como estrela cadente
seu trabalho voluntário
Ajudou a nossa gente

Muitas crianças tocando
Sua flautas neste dia
Vibrando um belo som
Na mais plena harmonia
Tocando o seu arranjo
Que você criou um dia.

Autor: Esperantivo

sexta-feira, 24 de outubro de 2014

Dor


Cada dia que acordo dou um passo
No compasso da vida pra vencer
Mas Jesus irá me fortalecer
Segurar minha mão em meu cansaço
E na dor vem me dar o seu abraço
E o sol vem o dia me esquentar
Cada dia que eu venha chorar
E aperta de tristeza o coração
O Senhor acalma meu coração
E da queda eu irei me levantar.

quinta-feira, 23 de outubro de 2014

Ansiedade




Sei que a tristeza me sufoca
Batendo lentamente em minha porta
Roubando a minha felicidade
Me definha sem pena a cada segundo

As pessoas não entendem minha dor
Acha charme ou uma coisa banal
É a a ferida invisível e dolorosa
Desmorona o meu emocional

Já chorei e perdi ate o rumo
E deitei na cama da solidão
O meu corpo perdendo sua força
E soluça de dor meu coração

Perco sono,perco fome e tenho frio
Os meus olhos até não brilham mais
Os meus sonhos perderam o caminho
Meu sorriso na dor agora jaz

se tu morte vieres,venha calma
Me abrace a noite certamente
Pois já estou um morto vivo
Esta morte da alma a gente sente

Mas, se deixares morte
Me dais a felicidade
Que morreu naquela noite
Que a vida perdeu a intensidade

A depressão me cortou como lança
Então morte não me faça sofrer mais
Me abrace e afague lentamente
E me leve pra um canto de paz.

Esperantivo
Cabo  15-04-1999



domingo, 19 de outubro de 2014

Os artrópodes



Os artrópodes

Artrópodes são animais
De patas articuladas
no estudo deste filo
Muitas espécies encontradas
Dividido em cinco classes
E bem especificadas

Classificações recentes
Subfilos acrescentou
Somando quatro ao todo
E assim se aumentou
Agora o filo Arthropoda
Novos seres agregou

Quatro classes agora vamos
Desta forma estudar
Neste momento agora
Eu quero simplificar
Falando as características
De cada um vou citar

Insécta e arachinida
E chilópoda também
Diplopóda é a quarta
Que na relação se tem
O subfilo crustácea
Deste grupo ele vem

Vou descrever no momento
Que características são
Deste grandioso filo
Pela classificação
As particularidades
Corpo e respiração

Triblásticos e celomados
Apresentam simetria
De forma bilateral
Como o estudo via
Exoesqueleto e apêndices
Dobravéis com maestria


Artro é articulação
Podos é pé para lembrar
Se pesquisar direitinho
No livro vai encontar
Locomo- ve eficiente
Indo pra todo lugar

Tem corpo segmentado
Ou o metamerizado
Uma sequência de anéis
No seu corpo encontardo
Ou também de segmentos
Como já foi estudado

Os seguimentos se fundem
No seu desenvolvimento
Formam regiões distintas
Durante este momento
A tagmatização
Ocorre neste evento

Nos insetos por exemplo
Vamos três tagmas encontrar
Cabeça e abdome
Tórax para completar
O corpo do animal
Este tagma vai formar

Na cabeça se encontra
Os órgãos sensoriais
E também a sua boca
A ele essênciais
Notórax ele tem patas
Pra locomoções gerais

No abdome tem órgãos
Internos posso citar
Chamados também de vísceras
De maneira popular
Unindo cabeça e tórax
Cefalotórax vai formar




Na lacráia e embuá
Se tem outra formação
Só a cabeça e o tronco
Abdome não tem não
E quem tem cefalotórax
É aranha e o camarão

Os artrópodes é revestidos
Pela sua armadura
Chamada exoesqueleto
Resistente meio dura
Tem o polissacarídeo
Nitrogenado a estrutura

E também as proteínas
A ele esta asssociado
Nos crustáceos o fósfato
E carbonato é encontrado
Aumentando a resistência
Deste bichinho citado

Os apêndices destes seres
Tem ainda outra função
Ajudam na captura
Também a mastigação
E para sugar o nécta
Fazem polinização

E a função das antenas
Que são órgãos dos sentidos
São o olfato e o tato
Neles bem desenvolvidos
Estes órgãos nos insetos
Foram bem evoluidos

Pra essse animal crescer
E o corpo aumentar
Solta- se do esqueleto
Se enche dágua pra ficar
Maior com a pele fina
E novo casco criar




O novo exoesqueleto
Sua epiderme produz
Nos insetos o processo
Racha as costas vai pra luz
A enxúvia o casco velho
Para degração conduz

E assim a ecdise
Para o corpo aumentar
Da casa velha apertada
Precisa se libertar
Fica em pele tranparente
Pra nova casa criar

O maior número de espécies
Você irá encontrar
É no grupo dos insetos
Basta apenas pesquisar
Lá no filo dos artrópodes
assim vem se destacar

O corpo de um inseto
Tem muita complexidade
Eles não possuem pulmão
Não tem fígado é verdade
Cabeça abdome e tórax
É outra realidade

Na cabeça um par de antenas
Chamadas sensoriais
Para captar os cheiros
Que existe nos locais
E também quanto ao tato
É sensível até demais

Dois olhos grandes compostos
Três ocelos ali estão
Que ajuda este ser
Melhorar sua visão
E apêndices destinados
A sua alimentação




O gafanhoto possui
Mandíbulas para morder
Dois pares de maxilar
Se olhar vai perceber
O lábio é a expanssão
Da cabeça pode crer

No tórax tem suas asas
É para ele voar
Ao longo do abdome
Tem furinhos passa ar
Que faz oxigenação
Circulação sem parar

E o tubo digestivo
É complexo vou citar
Pra fazer a digestão
Ele é extracelular
E possui o suco gástrico
Pra absorção ajudar

São variados os tipos
De aparelho bucal
Borboletas apresentam
Uma tromba em aspiral
O picador sugador
Tem o mosquito afinal

As baratas apresentam
O tipo triturador
Também pode ser chamado
O tipo mastigador
E as moscas elas tem
O aparelho lambedor

É do tipo traqueal
A sua respiração
São tubos ramificados
Tem a invaginação
De toda a epiderme
Com toda a perfeição




O sistema circulatório
Já possui um coração
Que bombéia o seu sangue
Para  um vaso então
Num sistema de lacunas
Estas hemocelas são

Os tubulos de Mapighi
Absorvem a secresção
Lançadas no intestino
Por esta tubulação
Sae do corpo com as fezes
Pela evacoação.


Esperantivo



O romance dos elementos químicos


O romance dos elementos químicos


Tudo na vida acontece
E não é de admirar
O peixe nada na água
A ave voa no ar
O gato e cão se respeitam
Na casa que os criar

Vou agora lhe mostrar
Uma história viajada
Obra da imaginação
E toda versalizada
A paixão dos elementos
Da química e metalizada

O Hidrogênio nasceu
Em mil setecentos e setenta
E seis,data comprovada
Na França e se comenta
Na Suécia conheceu
Senhora lítio atenta

Ela dois anos mais velha
Mas era muito famosa
Alimentava baterias
Com energia e fogosa
Na sua luta diária
Era muito cuidadosa

Foi então apresentada
Por Sódio o seu irmão
Quando viu o Hidrogênio
Bateu forte o coração
Sódio chegou e saiu
Com Potássio o amigão

Potássio é um inglês
Mexe com fogos e sabão
E produz fertilizantes
E salgema em fundo chão
Um rapaz inteligente
De presença e distinção

Rubídio o seu irmão
Aos 37 de idade
Morava na Alemanha
Naquela localidade
Estava só de passeio
Quando avistou a beldade

A famosa Manganês
Com sés vinte e cinco anos
Bonita e inteligente
Jovem e cheia de planos
Mudou- se lá da Suécia
Pois lá teve desenganos

Ao encontrar o Rubídio
O amor logo nasceu
Começou a namorar
m romance floresceu
A irradiação de Frâncio
Ela logo esqueceu

Hidrogênio, lítio e Sódio
E potássio seu irmão
Manganês e o Rubídio
Na mais plena união
Sentados a beira mar
E na maior curtição

De repente o Berílio
Chegou para completar
Com a noiva Magnésio
Não parava de falar
Estava muito feliz
Que já ia se casar

Cálcio que é o se sogro
Aprova o casamento
Estrôncio a sua sogra
Lhe acha bom elemento
For um casal perfeito
De amor e contentamento

Com a festa animada
O tempo ia passando
Sódio conheceu a Bário
Com ela foi conversando
Ela é coroa bonita
Ele foi se apaixonado

Ela com cinqüenta anos
Mas tem graça e energia
Loira muito atraente
Com alegre simpatia
Surgiu logo um romance
Com ela naquele dia




Duas semanas depois
Berílio logo casou
E todos os seus amigos
Para a festa convidou
Lutécio que é seu primo
Nesse dia não faltou

Rádio, Zircônio, Titânio
Cédio e Ítrio também
Escânio, Dúbino e Ferro
Ali não faltou ninguém
Cobalto, Rádio, Paládio
Foi aquele vai e vem

Prata, tálio e Bismuto
Alumínio chegou só
Polônio, Estanho, Radônio
Xenônio e a sua avó
Também o poeta Cloro
Bebia que dava dó


Titânio e Rutherfórdio
Nóbio, Vanádio elegantes
Tantálio, Cromo e Rênio
Mais alegres e confiantes
Tungstênio e molibdênio
Foram convidados antes

Seabórguio  um cabra bom
Molibdênio e Bóhrio chegaram
Com o amigo Tecnécio
Bons momentos relembraram
Hássio, Òsmio e Rutênio
Na mesma mesa se sentaram

Meitnério, Irídio e Platina
Não faltaram a ocasião
Ununílio, Níquel e Ouro
Entraram em discussão
Sentados na mesma mesa
Na hora da recepção

Ununúminio, Unumbio e Mercúrio
Ficaram logo na frente
A igreja estava lotada
Todos bancos tinha gente
Cádmio, Bromo e Zinco
Com maneira bem descente



Gálio, Cilício e Chumbo
Carbono, Argônio, Germânio
Arsênio, Antimônio
e Fósforo
Nitrogênio, Telúrio e Neônio
Hélio, Selênio
e Enxofre
Bromo, Iodo
e Criptônio

Astato e seu primo Flúor
Chegaram no mesmo momento
Mais atrasados que os outros
E ocuparam assento
Assistindo a cerimônia
Em paz e muito atento

Estavam os Latanídeos
Em uma mesma bancada
Latânio, Cério, Praseodímio
Neodímio sem dizer nada
Promécio, Európio, Gadolínio
Samário, Térbio e a molecada

Diprósio, Hólmio e Érbio
E seu Lutércio também
Túlio e Itérbio na festa
Todos como lhes convém
Era o casório do primo
A quem queriam bem

Os Actideos estavam
Numa bancada da frente
Quinze membros da família
Todos muito pacientes
Concentrados no discurso
E nas palavras comoventes

Actínio, Tório, Protactínio
Não falavam do calor
Urânio, Netúnio e Platônio
Amerício e seu amor
Califónio, Berquélio e Cúrio
Einstênio e Férmio senhor

Medelévio e Lawrêncio
Com Norbélio completavam
Uma família que ali
Naquela banca formavam
No casório do Berílio
Todos se emocionavam




Esta história que contei
Foi só para Relembrar
A tabela periódica
E assim facilitar
Nosso estudo da química
E o assunto fixar

Usei para o momento
Só a imaginação
Eu dei rima as palavras
E a metrificação
A mente foi processando
Toda minha inspiração.

Autor: Luiz Esperantivo
             Orobó 23 de junho de 2013









Paisagens do sertão




Luiz Espereantivo

Rádiode pilhas tocando
Noite nua enluarada
O lambú dando açoite
O choro da meninada
O romance do matuto
Um matuto todo bruto
Uma cobra embaraçada

Klebson oliveira

Cortar a jurema preta
Para a cerca consertar
Junto também o pinhão
Pra galinha não passar
Botar lenha no fogão
Preparar o lampião
Pra quando a noite chegar

Luiz Esperantivo

E é preciso relembrar
Da conversa da calçada
As famílias reunidas
Do forró e vaquejada
Da piadeira dos pintos
de fazer atos instintos
E tomar uma bicada

Klebson Oliveira

Uma sela pendurada
Bem pertinho do gibão
A perneira e a manta
O cabresto e o cinturão
Espora e o guarda peito
Bota e luva deste jeito
Me vem a recordação

Luiz Esperantivo

E me traz muita emoção
defender o meu torrão
Mostrar sempre o seu valor
Pedir a Deus proteção
Inspiração pro repente
E alegrar esta gente
Com a maior louvação



Klebson Oliveira

Saudades em meu coração
Histórias que mãe contava
Das presepadas da gente
Quando a gente trelava
E do meu chapéu de palha
Também da velha cangalha
Do tempo que campeava

Luiz Esperantivo

Eu nasci em Orobó
Eu sou filho do sertão
Arranquei muito “velame”
Lá no meu sítio Varjão
Me mudei para cidade
Apesar da pouca idade
Não esqueço o meu torrão

Klebson Oliveira

E nesta lamentação
Meu peito sente saudade
Do sertão da minha infância
de minha pouca idade
Mas guardei em minha mente
As brincadeiras da gente
Ficou pra eternidade

Luiz Esperantivo

Amassava o feijão
E comia de bolinho
Peguei rolinha no laço
Quando chegava no ninho
Hoje vivo a lamentar
Com vontade de chorar
Lembrando o meu cantinho

Klebson Oliveira

Quando era bem cedinho
Eu ia o milho ralar
Para fazer o cuscuz
Para o café aprontar
O café morto no pau
E das roupas do varal
É gostoso relembrar



Luiz Esperantivo

O ferreira a se aninhar
Lá no pé da catingueira
Beija- flor sempre a voarTem também a lavandeira
Com a sua cor singela
Via mamãe na janela
Passar goma na perneira

Klebson Oliveira

Mamãe ia de primeira
Cortar palma e cambão
Pra levar para cocheira
Para dar pra criação
Não tinha nenhum enfado
Para lutar com o gado
E cuidar da plantação

Luiz Esperantivo

A goteira se dispersa
Quando a água cai no chão
Com a chuva bem fininha
Correndo pro “riachão”
Olho da minha janela
Me vem a saudade dela
Apertando o coração

Klebson Oliveira

Do motor a vibração
Quando desce a rural
O povo pra ir pra feira
Todo sábado afinal
Lá na feira tem cordel
Vendedor de milho e mel
Tem tudo bom e legal

Luiz Esperantivo

Canta cravina legal
Na gaiola no oitão
A bananeira escorada
Cerca coberta em melão
Pitombeira no aceiro
Tira gosto do carneiro
Velha chaleira ao fogão



Klebson Oliveira

Na sobra do juazeiro
Descansava meu enfado
O açude de seu João
Atravessava a nado
Também caçava rolinha
Para comer com farinha
Com um café bem preparado

Luiz Esperantivo

E o bezerro desgarrado
Por dentro do marmeleiro
Da chuva fina molhando
Saudades de ser vaqueiro
Aboiando na fazenda
Da casa grande ou da tenda
Das cirandas no terreiro

Klebson Oliveira

Pro curral ia primeiro
O leite papai tirava
Da nossa vaca estrelinha
Tudo isso admirava
Mamãe fazia coalhada
E aquela galinhada
Que a gente degustava

Luiz Esperantivo

No barreiro eu tomava
Banho na ocasião
Dava banho nos cavalos
E cortava a ração
Do curral da vacaria
Do gibão e da ródia
Pra levar garrancho então

Klebson Oliveira

Pegar água na cisterna
Do tambor da urupema
Açoitava o meu jumento
Escutava a seriema
E o canário estalador
A luta do agricultor
Ouvir o gemer da ema



Luiz Esperantivo

Uma flor da cor de gema
E flor de palma no verão
Bem vermelha e docinha
Suculentas elas são
Serve para alimento
Faz doce no cozimento
Receita da região

klebson Oliveira

Sou o Klebson Oliveira
Vila Chêus é meu lugar
No município Casinhas
Você vai me encontrar
Sou defensor da cultura
Onde tenho  a estrutura
Do repente popular

Luiz Esperantivo

O matulão vou pegar
E selar o meu cavalo
Escutando os seus cascos
Batendo fazendo estalo
No caminho de lajedo
O bezerro logo cedo
Correndo eu vou busca-lo

Klebson Oliveira

Agora vou informa- lo
Dizer minha profissão
Sou técnico de enfermagem
Nesta minha região
Sou locutor e poeta
Com alegria completa
Sou grato de coração

Luiz Esperantivo

Escuto o galo “cancão”
Cortejando a galinha
Ciscando lá no terreiro
Quando é de manhãzinha
Enquanto o sol vem raiando
O dia escancarando
Voa livre a andorinha



Klebson Oliveira

Trapiá a tardezinha
No tempo da floração
Vai soltando seu aroma
Ao vento da região
Com fruto amarelado
É bastante procurado
Pela uruçu do sertão

Luiz Esperantivo



Entoando uma canção
Em noite de cantoria
O violeiro improvisa
Com bastante maestria
O mote ele vai glosando
E seus versos vai montando
Numa noite de alegria

Klebson Oliveira

Com certeza neste dia
O sertão abre a cortina
Da riqueza cultural
Assim o poeta assina
O canto da vocação
Fruto da inspiração
Dado pela lei Divina

Luiz Esperantivo

No alpendre ou na esquina
No campo ou na cidade
No sol ou ao lampião
Ou energia é verdade
Pode ser do sul ao leste
Na cultura do Nordeste
Mostra sua intensidade

Klebson Oliveira

Você tem agilidade
No ato de improvisar
Mostra ter conhecimento
No tema que relatar
Sem fugir da opção
Com calma e emoção
Deste meu belo lugar



Luiz Esperantivo

É gostoso relatar
A nossa localidade
As belezas sertanejas
As riquezas  da cidade
Vila Chêus é seu lugar
Orobó bem perto estar
Pra minha felicidade

Klebson Oliveira

Em nossa oralidade
Descrevemos nestas linhas
As belezas de Orobó
E as riquezas de Casinhas
Você do sítio Varjão
Eu de vila Chêus irmão
Localidades vizinhas.


Luiz Esperantivo

Como duas avezinhas
Patativa e beija- flor
Levamos pólen da arte
Seja para onde for
Declamando o sertão
Nossa bela região
Com carinho e amor

Autores: Luiz Esperantivo
                 Klebson Oliveira






terça-feira, 12 de agosto de 2014

O sofrer de uma ave Fora de seu ambiente



O sofrer de uma ave
Fora de seu ambiente

Uma ave aprisionada
Quando canta é de tristeza
Sem a sua liberdade
Distante da natureza
É presa sem dever nada
Só por pura malvadeza

Longe de seu ambiente
Em gaiolas apertadas
de maneira ilegal
Das matas são retiradas
Le4vadas para vender
Muitas sendo vitimadas

Devastam seu habitat
Com esta devastação
Causando desequilíbrio
Em sua reprodução
E assim também afeta
A sua alimentação

As redes que capturam
Pegam também filhotinhos
As queimadas causam danos
Também queimam os seus ninhos
Destroem o ambiente
E matam estes  bichinhos

As gramíneas ressecadas
Sem brotar os seus pendões
Que servem de alimento
Nas matas ou nos  sertões
Fica faltando sementes
Das aves as refeições

Todo ambiente sofre
Com esta alteração
Causada pelas queimadas
Também a devastação
A captura das fêmeas
Piora a situação
E os machos ainda jovem
Sem o ciclo completar
Muitos morrem na viagem
Tristes sem se alimentar
Morrem de fome e sede
Até por falta de ar

Muitas vezes transportadas
De maneira tão cruel
Em uma caixa apertada
Muitas aves a granel
Feridas e machucadas
Sem poder ver nem o céu

Fêmeas, jovens e filhotes
Com seu destino incerto
Vítimas do egoísmo
De quem age incorreto
Agressores da natura
Fazem o que não é certo

Já tem aves ameaçadas
De entrarem em extinção
Outras já quase extintas
Ararinha e o gavião
Hoje são muitas espécies
Que estão na relação

O tucano e a arara
Papagaio e curió
O canário da terra
Guriatã e socó
Bicudo e bigode
Pintassilgo e mocó

Xexéu de bananeira
Ferreiro e o pintor
Vem vem e o tsíu
O roxinol cantador
Saíra mané mago
Cravina e beija- flor


O sabiá laranjeira
Bacurau e o lambú
Ribaçã e a rolinha
Coleira e sanhaçu
E o galo de campina
Pichochó que vem sul

Anum e galo da rocha
Maçarico e tesourão
Concriz e o cardeal
Que são aves do sertão
Salta caminho e lavadeira
Bico de laicra e azulão

O canário rasteiro
E sabiá do banhado
O nosso papa- capim
Papo amarelo falado
O tico tico do mato
O pica pau azulado

Tem o galinho da serra
O bonito pimentão
Tem também sangue de boi
De bela coloração
Pico de pimenta, azulinho
Cigarra e patetão

O papagaio campeiro
Socó e o maranhão
Também chamado flamingo
Andorinha e cancão
Harpia e o João de barro
Que é bom de construção

Rolinha fogo pagô
Sibito e bacurau
Garra cheira, mãe- da – lua
Papa arroz fenomenal
Burguesa, frei Damião
Juriti e ave real


São mais de mil e quinhentas
Espécies na relação
De aves bem conhecidas
No Brasil com exatidão
Porém algumas espécies
Já estão em extinção

São oito mil e seiscentas
Espécies em todo o mundo
De aves bem variadas
Mostra estudo profundo
Para lhe classificar
Estuda-las mais a fundo

Porém a devastação
Vem a fauna afetando
Mudando o habitat
Também desequilibrando
O seu ciclo natural
E um grande mal causando

A grupos que se dedicam
A aves observar
Conhecer seu habitat
Pra ajudar a preservar
Conhecer sua beleza
E escutar seu cantar

Outros criam estas aves
De uma forma legal
Com muita alimentação
E espaço ideal
Fazendo a reprodução
E repondo afinal

Criação em cativeiro
De forma monitorada
Pelos especialistas
Numa área adequada
Pode ajudar assim
A salvar a passarada

Vai reproduzir espécies
Pra soltar na natureza
Salvando da extinção
Isso é uma beleza
Devolvendo para as matas
Esta enorme riqueza

Veja o caso da ararinha
Que trouxeram um casal
De criatório de fora
Pois não temos afinal
Mais solta no habitat
Onde antes era normal

Para assim reproduzirem
Este ser em cativeiro
Uma espécie tão bonita
De um azul verdadeiro
A ararinha azul
É tesouro Brasileiro

Mas foram buscar lá fora 
Como o jornal mostrou
Um exemplar desta ave
Um criador emprestou
Pra fazer a reprodução
Pois aqui ninguém achou

Na verdade o ideal
É solta na natureza
Desfrutando a liberdade
Mostrando sua beleza
Entoando o seu canto
Com a mais bela nobreza

Pois é muito diferente
Esta tal realidade
Vemos matas destruídas
Em toda localidade
E aves capturadas
Com grande intensidade


Prendendo os inocentes
Que na vida nada fez
Espera o raiar do dia 
Pra cantar por sua vez
Pois o seu meio ambiente
O homem assim desfez

Já falei deste problema
Que é a devastação
O sofrer de uma ave
Colocada na prisão
Seu comércio clandestino
Sua grande aflição

De seu belo cantar
E sua variedade
Plumagem canto e forma
Muito bela de verdade
Que encantam a natureza
Traz muita felicidade

Antes de prender uma ave
Faça uma reflexão
Pense no que ela fez
E em sua triste ação
E fique no lugar dela
Pra sentir a emoção.


Autor: Esperantivo
Orobó- PE 15-06-2012