segunda-feira, 21 de outubro de 2013

Profeta gentileza

Profeta gentileza

Em 19 de Abril
Mil novecentos dezessete
Na cidade Cafelândia
Nasceu um neném promete
Que quando ficasse adulto
Para outra visão compete

Do estado de São Paulo
O nome José Datrino
Criado com nove irmãos
Quando ele era menino
Trabalhava sem parar
Era este seu destino

Viviam  todos no campo
Onde a família morava
Trabalho duro na terra
Burros bravos amansava
Vendia lenha também
Na carroça que puxava

Depois ele foi chamado
De profeta gentileza
Amansador de bravos homens
Da cidade com certeza
Para ser mais educados
A ter mais delicadeza

Seu comportamento atípico
Muito cedo foi notado
Aos doze anos de idade
A ele foi revelado
A sua missão na terra
Por premonições marcado


Teve a premonição
Após construir família
Iria deixar os bens
Filho casa e mobília
Para seguir a missão
Sem hesitar com vigília

O pai que não aceitava
As decisões anormais
Buscou logo para o filho
Auxílios  espirituais
Dos curandeiros que havia
De lá daqueles locais



Dezessete de dezembro
Do ano sessenta e um
Na cidade Niterói
Houve um fato incomum
O incêndio de um circo
Visto em lugar nenhum


O Gran Circo N. Americano
No fogo se derreteu
Mais de quinhentas pessoas
Naquele incêndio morreu
A maioria crianças
Grande tragédia se deu

Seis dias após o fato
José Datrino acordou
Ouvindo vozes dizendo
Que o seu tempo chegou
De deixar os bens da terra
Foi isto o que contou

Seguir o espiritual
Era essa a missão
Saiu de casa e foi
Direto no caminhão
Para o local do circo
Sem mudar a decisão

Nas cinzas plantou horta
Um jardim e lá ficou
No local que foi o circo
Quatro anos lá passou
A palavra gentileza
Pra muita gente falou

Familiares da vítimas
Ele consolou tristezas
Dos que perderam pessoas
Na tragédia com certeza
No trabalho voluntário
Contribuiu sem moleza

Passaram chamar ele
De José agradecido
Ou profeta gentileza
O nome mais conhecido
Saiu de lá foi viver
Andarilho convencido



O local ficou chamado
Paraiso Gentileza
Mil novecentos setenta
Ele andava com certeza
Pregando pela cidade
Com sua fé e pobreza

Nos trens ônibus e barcas
Vivia a viajar
Propagando amor e respeito
E bondade sem cansar
Quem o chamava de louco
Sabia bem respostar


Eu sou louco de verdade
Pra te amar e salvar
Em dezenove e oitenta
Ele passou a usar
Escritos verde e amarelo
Nas pilastras vou citar

Nas cinquentas e seis pilastras
Que do viaduto vai
Do caju ao cemitério
Na rodoviária sai
Do novo Rio o nome
Atenção do povo atrai

Criticava todo o mal
Desta civilização
Sem gentileza e bondade
O profeta em ação
Ensinava para o povo
Com palavra e inscrição

Na eco-92
O profeta em esperteza
Ficava naquelas ruas
Que passavam com certeza
Representantes do povo
Para pregar Gentileza

Em dezenove nove e seis
Maio dia vinte e nove
Faleceu em Mirandópolis
 Muita gente se comove
Com setenta e nove anos
Os fatos que o comprove



No cemitério saudade
Seu corpo foi enterrado
Os escritos dele foram
Pelos vândalos estragados
Depois o projeto Rio
Deixou todos restaurados

Vamos conhecer agora
Vendo estas novas linhas
As frases de Gentileza
Colocadas em quadrinhas
Mexem com as emoções
Tanto as suas como as minhas.

“ As frases de gentilezas
Faz o homem parecer
Que o seu exterior
No interior dever ser”
         Jean de La Bruyér.

“Gentileza nunca é cedo
Com amigo ou os pais
Porque a gente não sabe
Quando é tarde demais”
           Relph Waldo Emerson

“Culpamos sempre pessoas
De quem a gente não gosta
Porque falta gentilezas
Que elas não deixam expostas”
            Frederick Nieteche

“Procure ser tão gentil
Com a mulher com quem casaste
Como no tempo passado
Que a ela conquistaste”
            Júlio Dantas

“Verdadeira gentileza
É conforto e liberdade
É tratar como desejas
Ser tratado de verdade”
          Philip Dormer Stanhope









“Três coisas agrada o mundo que vivemos
Gentileza, frugalidade, Humildade
Os gentis corajosos, os frugais liberais,
Os humildes condutores de homens de verdade.
                    Textos teoistas

“Se o homem é gentil com desconhecido
Ele é um cidadão do mundo
Seu coração não é ilha tirada d’outra terra
Mas um continente unido e fecundo.
                        Francis Bacon

“Não me agrada a gentileza que passa”
Exige contra partida
Doação por doação ou reza
Uma coisa decidida.
            Horácio

E assim o Gentileza
Fez da paz o seu legado
Do amor a sua veste
Da bondade seu cajado
Propagando gentileza
Carinho por toda a parte

Nestes versos aprendemos
Montamos nosso cordel
Sobre o grande Gentileza
E o seu belo papel
Nos trouxe muita emoção
Esta história tão fiel.

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Colocar na contra capa na parte de dentro

“Somos aptos a gentileza
Com quem não nos interessa”
Para não dar má impressão
E os esquecer depressa.
                 Oscar Wilde

“Somente a gentileza
Do coração dedicado
Não conhece limite”.
Nem troco do aplicado
           Publilio Siro





“Nenhum gesto de gentileza
Por pequeno que seja
É perdido.” pois desarma
Os males que alguém deseja
                Esopo
          
“Não quero que as pessoas sejam
Gentis em demasiado
Pois me obrigam gostar delas
Me deixa preocupado.
               Jane Austen

“Palavras gentis podem ser
Curtas fáceis de falar
Mas tem ecos infinitos”
Ficando a ressoar
            Madre Tereza de Calcutá

“Um cumprimento gentil
Delicado as vezes cria
Uma grande amizade
Apaga inimizade”
Cheia de rancor e fria
                Erasmo de Roterdam

“Gentileza recebe- se com gentileza”
A boa vontade cria
É deixar que a bondade
Seja a boa companhia
            Cicero

“A gentileza: um breve prefácio
A dez volumes de exigências”.
Supera qualquer leitura
De ódio e mal querência
                    Ambrose Berce
      






Autores: Severino melo
                 Esperantivo



Cordel improvisado       

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