sexta-feira, 31 de agosto de 2012

Quando olho pra cadeira

Quando olho pra cadeira
Falta um em seu lugar

Todo dia quando vejo
A cadeira sem ninguém
A tristeza logo vem
Aproveito o encejo
Contra angustia pelejo
Da vontade de chorar
Pois começo a lembrar
Do tempo de brincadeira
Quando olho pra cadeira
Falta um em seu lugar

O meu pai tão querido
Meu amigo tão leal
Pessoa fenomenal
Teve o corpo abatido
Mas sempre fortalecido
Não deixava de sonhar
Gostava de conversar
Sua morte foi lingeira
Quando olho pra cadeira
Falta um em seu lugar

A solidão fez morada
No casarão nordestino
A magoa forma o destino
De quem avista a calçada
Como quem abadonada
Parece se lamentar
Perecendo a esperar
Papai abrir a porteira
Quando olho pra cadeira
Falta um em seu lugar.

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